Milhares de pescadores sul-coreanos se reuniram na segunda-feira próximo do prédio do parlamento em Seul para protestar contra uma descarga planejada do Jap?o de águas radioativas de sua debilitada usina nuclear de Fukushima no Pacífico.

Kim Kwang-shik, um dos pescadores que se juntou ao protesto, disse à Xinhua que, embora n?o tivesse informa??es científicas sobre a água radioativa, estava consciente de que a libera??o seria perniciosa.

"Se a água contaminada de Fukushima fosse segura (como o Jap?o alega), ela poderia ser deixada no solo japonês ao invés de ser lan?ada no oceano", disse Kim.

Segundo os organizadores, cerca de 2.000 pescadores e ativistas cívicos participaram da manifesta??o.

A associa??o de pescadores publicou um comunicado apelando a que o governo japonês encontre solu??es, incluindo o armazenamento de longo prazo em terra, em vez do despejo da água radioativa, a qual afetará a vida no Oceano Pacífico e a atividade de todos os pescadores que dele dependem.

A associa??o instou o governo sul-coreano a apresentar imediatamente uma queixa ao Tribunal Internacional do Direito Marítimo contra o Jap?o, afirmando que, se a água contaminada for liberada, a subsistência dos pescadores será amea?ada, em meio a uma queda acentuada na demanda por produtos marinhos.

De acordo com uma pesquisa da Research View com 1.000 adultos sul-coreanos realizada no mês passado, 85,4% dos inquiridos se opuseram à descarga de água contaminada do Jap?o e 72% disseram que reduziriam o consumo de produtos marinhos se as águas residuais fossem lan?adas no oceano.

A demanda por sal marinho disparou nos últimos meses devido ao temor de que o Jap?o avance com seu plano.

O pre?o de 20 kg de sal marinho aumentou 27% na primeira semana de junho em compara??o com a primeira semana de abril, de acordo com o Ministério dos Oceanos e Pescas.

A Insanga, uma produtora de sal negociada no menor mercado KOSDAQ, disparou no limite de pre?o diário de 30% na segunda-feira, após uma reportagem da mídia japonesa de que a opera??o de teste da instala??o de descarga de água contaminada come?ou no início do dia.

Tanto consumidores quanto varejistas correram para estocar sal. Os principais fornecedores de sal marinho pararam de comercializar sal no início de junho, em meio a uma enxurrada de pedidos de entrega, de acordo com o jornal local Hankyoreh.

O governo sul-coreano atribuiu o aumento do pre?o do sal ao mau tempo e à menor produ??o.