O co-fundador da Microsoft, Bill Gates, chegou a Beijing na quarta-feira (14), iniciando sua primeira visita à China desde 2019. Embora Gates tenha deixado a Microsoft, sua visita é ainda considerada um microcosmo da ênfase atribuída pela comunidade empresarial americana à coopera??o com a China.

A Funda??o Bill & Melinda Gates divulgou a transcri??o do discurso de Gates em um evento especial realizado pelo Center for Global Health Drug Discovery, na quinta-feira (15). Ele disse que a inova??o científica e tecnológica pode ajudar o mundo a acelerar o progresso e enfrentar os desafios mais severos do momento. Alcan?ar esse objetivo requer a integra??o da sabedoria, experiência e especializa??o globais.

"A China tem uma experiência inestimável em saúde, agricultura, nutri??o e redu??o da pobreza que merece ser compartilhada com o mundo. Espero continuar a trabalhar com os parceiros chineses para garantir mais contribui??es para o progresso global".

A Funda??o Bill & Melinda Gates anunciou também uma doa??o de 50 milh?es de dólares americanos ao Center for Global Health Drug Discovery para pesquisa e desenvolvimento de medicamentos.

Gates visitou a China pela última vez em novembro de 2019, quando participou do 10o aniversário da Coopera??o para Preven??o e Controle da Tuberculose, organizado pela Comiss?o Nacional de Saúde da China e pela Funda??o Bill & Melinda Gates.

A CNBC noticiou na quinta-feira (15) que a visita de Gates se ocorreu pouco antes da visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, à China, agendado para o fim de semana, com vista a estabilizar a rela??o entre as duas maiores economias do mundo.

Em entrevista ao jornal britanico Financial Times, em mar?o deste ano, Gates enfatizou a importancia de manter um relacionamento saudável entre a China e os Estados Unidos, e disse que os Estados Unidos n?o podem impedir a China de possuir chips de alta qualidade autodesenvolvidos.

Ele disse também, em eventos anteriores, que os Estados Unidos est?o tratando a China com uma mentalidade de soma zero e contendo a China, o que n?o favorece o desenvolvimento e a coopera??o mundiais.