Por Du Haitao, Diário do Povo
Segundo estatísticas alfandegárias, o total de importa??es e exporta??es da China para o exterior foi de 20,1 trilh?es de yuans no primeiro semestre de 2023, um aumento de 2,1% em rela??o ao ano anterior e ultrapassando, pela primeira vez na história, os 20 trilh?es de yuans no primeiro semestre. Entre esse total, as exporta??es totalizaram 11,46 trilh?es de yuans, um aumento de 3,7% em rela??o ao ano anterior.
Lyu Daliang, porta-voz da Administra??o Geral das Alfandegas, disse que durante o primeiro semestre do ano a China conseguiu manter uma tendência geral de crescimento e de estabilidade perante um ambiente externo complexo e severo. O desenvolvimento de alta qualidade continua inabalado, a economia está melhorando em termos gerais e a qualidade do comércio exterior está aumentando de forma constante e de acordo com as expectativas. No primeiro semestre do ano, o ambito de importa??es e exporta??es da China alcan?ou novos avan?os e sua estrutura foi novamente otimizada, demostrando forte resiliência.
"A recupera??o da economia mundial foi lenta durante o primeir semestre desse ano e os efeitos colaterais das políticas de contra??o das principais economias desenvolvidas têm se feito sentir, assim a instabilidade, incerteza e imprevisibilidade do mercado internacional. Porém, o comércio exterior de importa??o e exporta??o da China tem resistido à press?o, estabilizando sua escala, melhorando sua qualidade e se desenvolvendo de acordo com as expectativas", disse Lu Daliang.
Durante o primeiro semestre de 2023, existiam na China 540.000 empresas de comércio exterior com desempenhos notáveis, um aumento de 6,9% em rela??o ao ano anterior. A atividade dos operadores de comércio exterior também aumentou significativamente. Em termos de modalidades de comércio, a taxa de crescimento das importa??es e exporta??es relacionadas com cadeias industriais mais longas e de maior valor agregado foi maior do que a taxa de crescimento geral, respondendo por 65,5% do valor total das importa??es e exporta??es, um aumento de 1,2 pontos percentuais. A capacidade de desenvolver o comércio de forma independente é cada vez maior.
Com o comércio exterior ainda sob press?o, a China tem-se esfor?ado por explorar mercados emergentes, construir plataformas abertas de alto nível, formar e fortalecer indústrias competitivas e conferir novo impulso para o comércio exterior. As importa??es e exporta??es da zonas piloto de livre comércio e do Porto de Livre Comércio de Hainan aumentaram 8,6% e 26,4%, respectivamente, demonstrando claramente o papel das plataformas abertas. Por outro lado, o total de exporta??es de veículos elétricos de passageiros, baterias de lítio e painéis solares aumentou 61,6%, contribuindo com 1,8% para o crescimento geral das exporta??es e dando um impulso significativo às indústrias verdes.
Este ano, a Administra??o Geral das Alfandegas (GAC, na sigla em inglês) continua a implementar as medidas de estabiliza??o do comércio externo introduzidas no ano anterior. Apenas no mês passado, foram implementadas 16 medidas de optimiza??o do ambiente alfandegário para negócios, de modo a apoiar o desenvolvimento do comércio externo.
De acordo com estatísticas alfandegárias preliminares, as vantagens e o potencial do comércio eletr?nico transfronteiri?o no contexto de um comércio externo "global" continuaram se fazendo sentir no primeiro semestre do ano. As importa??es e exporta??es nesta modalidade atingiram 1,1 trilh?o de yuans, um aumento anual de 16% que demonstra um bom ritmo de desenvolvimento.
O "círculo de amigos" do comércio exterior da China continua a se expandir e a diversidade de mercados é cada vez maior. No primeiro semestre do ano, as importa??es e exporta??es da China para países da ASEAN, América Latina, áfrica e ásia Central aumentaram respetivamente 5,4%, 7%, 10,5% e 35,6% em rela??o ao ano anterior, com todas as taxas de crescimento geral de importa??es e exporta??es superando as do mesmo período no ano anterior.
No primeiro semestre do ano, as importa??es e exporta??es entre a China e os países ao longo do Cintur?o e Rota totalizou 6,89 trilh?es de yuans, um aumento de 9,8% em rela??o ao ano anterior. As exporta??es chinesas de mercadorias intermediárias, como pe?as de automóveis, baterias de lítio e equipamentos de processamento de dados automáticos para estes países, aumentaram em 39,3%, 34,3% e 28,9%, respectivamente. O grau de coopera??o das indústrias é também maior. No mesmo período, as importa??es de produtos energéticos e agrícolas desses países do Cintur?o e Rota também aumentaram 5,7% e 17,9%, respectivamente.
é também evidente o efeito da interconetividade. No primeiro semestre do ano, as importa??es e exporta??es da China para países ao longo das rotas ferroviárias aumentaram 23,8%, mantendo um crescimento de dois dígitos por 12 meses consecutivos. Já as importa??es e exporta??es para países ao longo das rotas rodoviárias aumentaram 63,6%, com a taxa de crescimento ultrapassando 30% por cinco meses consecutivos.
No primeiro semestre do ano, as importa??es e exporta??es da China para a ASEAN contabilizaram 3,08 trilh?es de yuans, um aumento de 5,4% em rela??o ao ano anterior e representando 15,3% do valor total de importa??es e exporta??es da China durante o mesmo período. Entre este volume de negócios, 125,08 bilh?es de yuans corresponderam à importa??o de produtos agrícolas, um aumento anual de 7,5% e 6,4 pontos percentuais acima da média de crescimento geral das importa??es chinesas da ASEAN. é de notar o desempenho das importa??es de alguns produtos agrícolas característicos, como as frutas (40,54 bilh?es de yuans, um aumento de 24,1%) e o óleo de palma (10,91 bilh?es de yuans, um aumento de 120,5%).
Foi também estreitada a coopera??o regional. No primeiro semestre, as importa??es e exporta??es totais da China com os demais 14 membros do RCEP ("Acordo de Parceria Econ?mica Abrangente Regional") totalizaram 6,1 trilh?es de yuans, um aumento de 1,5% em rela??o ao ano anterior, e contribuíram com mais de 20% para o crescimento do comércio exterior da China. O gradual desenrolar do potencial de mercado do RCEP promoverá efetivamente o livre fluxo regional de fatores de produ??o, resultando gradualmente num mercado regional integrado mais próspero e abrindo um novo espa?o para as empresas expandirem a coopera??o industrial internacional e os intercambios econ?micos e comerciais. No primeiro semestre do ano, a China exportou 1,72 trilh?o de yuans de produtos intermediários para outros membros do RCEP, representando mais da metade (54,4%) do valor das exporta??es da China para outros membros do grupo.