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Para especialistas, a indústria brasileira sairá prejudicada pelo acordo Mercosul-Uni?o Europeia

Fonte: Xinhua    02.08.2023 14h08

O possível acordo que o Mercosul e a Uni?o Europeia negociam há décadas é prejudicial para a indústria brasileira e um dos motivos das críticas ao pacto entre ambos os blocos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem fazendo há meses.

Apesar das press?es europeias para assinar o acordo, o governo brasileiro tem elevado o tom de suas críticas ao tratado e o próprio Lula qualificou alguns pontos do acordo como "inaceitáveis" ou "amea?a" para o Brasil.

Segundo especialistas consultados pela Xinhua, os termos do acordo minam o projeto de industrializa??o do Brasil defendido pelo governo Lula e representam mais a proposta de ampla liberaliza??o comercial promovida pelo governo anterior de Jair Bolsonaro.

"Este acordo significa facilitar a abertura de mercados para a indústria avan?ada europeia, leia-se Alemanha, e, por outro lado, fortalecer a agro exporta??o brasileira de produtos n?o processados. N?o há transferência tecnológica. é como se Brasil n?o tivesse direito a se industrializar", explicou o professor de Rela??es Internacionais e Economia da Universidade Federal do ABC de S?o Paulo (UFABC), Giorgio Romano.

Para ele, o acordo entre o Mercosul e a Uni?o Europeia, que vem sendo negociado há mais de 30 anos, progrediu consideravelmente durante o governo Bolsonaro porque prevaleceu o entendimento de que a liberaliza??o total do comércio exterior era o objetivo a alcan?ar.

"Os europeus querem este acordo que foi negociado com os ultraliberais do governo de Michel Temer e de Bolsonaro, apesar de n?o gostarem da imagem de Bolsonaro, mas (esse acordo) n?o seria aprovado no Congresso e teria uma ampla oposi??o da opini?o pública", prognosticou Romano, para quem os europeus estavam fazendo rodeios para evitar a assinatura do acordo com Bolsonaro, que consolidou uma imagem negativa com rela??o aos mecanismos de prote??o ambiental.

Quem também considera que o acordo nos termos atuais é prejudicial para o Brasil é o professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Pedro Paulo Bastos, que o definiu como assimétrico por favorecer ao bloco europeu, além de abrir os setores de servi?os e indústria do Brasil.

"N?o é imediato, mas o acordo tem um prazo para eliminar as tarifas alfandegárias em vários segmentos ou para reduzir fortemente as taxas em todos os setores", comentou.

Para Bastos, o governo brasileiro considera básico poder estimular novas indústrias que necessitam de um certo grau de prote??o: "Por exemplo, a indústria de software, da biotecnologia, as indústrias de vanguarda. N?o se pode importar ilimitadamente, muita gente depende do emprego da indústria, entre outras coisas, porque nem todo mundo pode trabalhar em uma lavoura de soja, que emprega muito pouco", ressaltou.

Uma das críticas feitas pelo governo brasileiro é com rela??o às concorrências públicas, que, pelo acordo, abririam para a participa??o das empresas europeias.

"Querem que o governo brasileiro compre coisas estrangeiras em vez de brasileiras. E se n?o aceitam a posi??o do Brasil, n?o há acordo. N?o podemos renunciar às concorrências públicas, que é a oportunidade para que as pequenas e médias empresas sobrevivam neste país", afirma o presidente Lula.

Apesar das críticas, a Confedera??o Nacional da Indústria (CNI) defende o acordo comercial entre ambos os blocos.

Em um artigo publicado em maio deste ano, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirmou que "é urgente avan?ar para a assinatura do tratado em seu formato atual, sem reabrir as negocia??es comerciais. Esta deve ser uma prioridade para o Governo".

Segundo Andrade, com o acordo, a tendência é a diminui??o dos custos dos insumos importados e aumento da demanda europeia de produtos industriais brasileiros.

"Nossas estimativas s?o que cerca de 40% de todos os produtos oferecidos à Uni?o Europeia no acordo - e que est?o sujeitos a algum tipo de tarifas em suas alfandegas - deixar?o imediatamente de ser taxados com impostos de importa??o ao entrar no bloco europeu", comentou.

Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil vive um processo de desindustrializa??o desde a década de 80. O peso da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 34% em 1984 para 10% em 2021.

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