Por Zhang Rong
Após o término da partida com a Roménia no útimo sábado (5), Carolina Rodrigues, capit? da equipe portuguesa de basquetebol feminino na 31a edi??o de ver?o dos Jogos Mundiais Universitários da FISU, concedeu uma entrevista ao Diário do Povo Online, na qual compartilhou algumas impress?es do coletivo feminino luso em Chengdu.
Carolina, estudante de 24 anos do Instituto Politécnico de Lisboa, representa Portugal pela segunda vez na Universíade. A equipe portuguesa de basquetebol feminino foi medalhista de bronze na última Universíade em Nápoles, ítalia. No entanto, esta edi??o revela ser mais desafiante.
"Penso que um dos principais desafios é a adapta??o ao fuso horário. Nós vivemos num país que tem uma diferen?a de 7 horas e tivemos pouco tempo para nos adaptarmos ao horário da China. Só viemos 2 dias antes da competi??o e ent?o essa parte foi bastante desafiante, no que diz respeito a estar no nosso máximo fisicamente e mentalmente para iniciar a competi??o", afirmou a atleta.
Na manh? de 28 de julho, Portugal perdeu o primeiro jogo por 63:83 contra a anfitri? China.
"Foi um jogo super disputado. é sempre muito divertido jogar contra uma equipa de outro continente. Porque s?o basquetes diferentes, s?o maneiras de jogar diferentes, maneiras de trabalhar diferentes, o que torna o jogo muito mais interessante n?o só para quem joga, mas também para quem assiste".
Além da competi??o, Carolina disse ter ficado impressionada com a organiza??o do evento, especialmente com a dedica??o dos voluntários.
"Em rela??o à parte do voluntariado, a experiência tem sido incrível, porque os voluntários s?o super disponíveis. S?o pessoas super agradáveis, querem muito ajudar e fazem-nos sentir sempre bem, seja aqui na Vila, nos espa?os de treino, ou nos jogos. Sempre super atenciosos, sempre com um sorriso na cara e nós temos gostado muito de ver".
"Tivemos uma situa??o gira no treino, eles têm-nos dado pandinhas e pinos para pormos nas nossas credenciais. Nós nunca tínhamos nada [para dar] em troca e só agradecíamos muito, mas hoje já trocamos algumas pulseiras com eles. Por acaso foi muito, foi muito, muito giro. Acho que eles ficaram contentes e nós também".
Algumas das tecnologias utilizadas na Vila dos Atletas também a impressionaram: "Há coisas aqui que nós n?o vemos todos os dias. Há rob?s que fazem café, rob?s que dan?am na cantina. é diferente daquilo que estamos habituadas em Portugal, o que também torna a experiência mais divertida."
Os quartos bem equipados, os locais de treino limpos e arrumados, os sinais de rede estáveis e de alta velocidade e a organiza??o pontual mereceram elogios por parte da entrevistada.
Entretanto, a comida em Chengdu, conhecida pelo picante típico da gastronomia de Sichuan, provou ser um desafio. A defini??o de "n?o picante" dos locais, afirma, é o suficiente para fazer o suor escorrer aquando da refei??o. As perce??es sobre o grau de ardor s?o, portanto, "um bocadinho diferentes".
Devido à longa dura??o do torneio de basquete feminino, as portuguesas ainda n?o tiveram tempo de experienciar o dia a dia de Chengdu, pois est?o diariamente atarefadas com a prepara??o dos jogos.
Carolina achou Chengdu uma cidade muito grande e cheia de pessoas, naquela que é a sua primeira vez na China. "Assim que terminar a competi??o é do nosso interesse visitar a cidade e os pontos turísticos".
Por fim, a capit? afirmou que foi uma experiência muito valiosa poder jogar em uma arena t?o grande, com lota??o esgotada em todas as partidas.
"Nós jogamos sempre com um pavilh?o cheio de gente que nos apoiam, como se nós fossemos a equipa da casa. O público é majoritariamente chinês a apoiar n?o só a equipa da China, mas também a nossa equipa quando fazemos alguma coisa boa. (......) Sentir isso aqui é um quentinho, é uma sensa??o muito agradável e penso que foi um dos momentos mais especiais”.