Recife Ren'ai. (Foto de arquivo/chinanews.com.cn)
A China criticou as Filipinas na segunda-feira por n?o honrar seu compromisso de rebocar um navio militar que estava "encalhado" no recife Ren'ai da China em 1999 e, em vez disso, tentar reparar e refor?ar extensivamente o navio, buscando a ocupa??o permanente do recife.
Um porta-voz da Guarda Costeira da China fez as observa??es em resposta às alega??es feitas pela Guarda Costeira das Filipinas e pelas for?as armadas para indicar que embarca??es chinesas interceptaram e dispararam canh?es de água contra embarca??es filipinas que transportavam pessoal de reposi??o e suprimentos para o navio de guerra. As a??es da China violaram o direito internacional, disse o lado filipino.
Refutando as alega??es, o porta-voz enfatizou que o recife de Ren'ai sempre fez parte das ilhas Nansha da China e, em 1999, o navio de guerra filipino encalhou ali "ilegalmente". A China apresentou uma representa??o solene e as Filipinas, "repetidamente", prometeram rebocar a embarca??o, disse o porta-voz em comunicado.
"No entanto, depois de 24 anos, as Filipinas n?o apenas falharam em remover o navio de guerra, como também tentaram repará-lo e refor?á-lo extensivamente, a fim de ocupar permanentemente o recife", disse o comunicado.
Ele disse que as a??es das Filipinas infringem gravemente a soberania chinesa, violam seus próprios compromissos e s?o contrárias ao direito internacional e a Declara??o sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China, assinada entre a China e membros da Associa??o de Na??es do Sudeste Asiático.
A China insta as Filipinas a remover o navio de guerra e a restaurar o estado original do recife, disse o porta-voz, sublinhando que a China fez arranjos temporários para o transporte de suprimentos necessários, incluindo alimentos, para o navio.
Nos últimos tempos, sob o pretexto de rota??o de pessoal e transporte de suprimentos, as Filipinas carregaram continuamente grandes quantidades de materiais de constru??o para o navio de guerra. "A China expressou repetidamente suas sérias preocupa??es ao lado filipino por meio de canais diplomáticos e prop?s negocia??es para administrar a situa??o no recife de Ren'ai. Todavia, as Filipinas se recusaram a responder", disse o porta-voz.
Depois de tomar recentemente conhecimento que as Filipinas enviariam uma nova rodada de suprimentos para o navio de guerra, a China apresentou representa??es em vários níveis e por vários canais, exigindo que as Filipinas n?o enviassem embarca??es para o recife de Ren'ai sem autoriza??o e n?o transportassem materiais de constru??o para o navio de guerra para manuten??o em grande escala.
No sábado, ignorando a dissuas?o da China e os repetidos avisos, as Filipinas enviaram embarca??es que entraram ilegalmente nas águas do recife, na tentativa de transportar materiais de constru??o para o navio de guerra, o que violou a Declara??o sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China, refere o comunicado.
Os navios da Guarda Costeira da China os interceptaram legalmente e realizaram medidas de alerta, disse, acrescentando que o lado chinês usou canh?es de água como um aviso para evitar colis?es, depois que vários avisos verbais n?o surtiram efeito.
Na segunda-feira, um porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores disse que a China se op?e fortemente à recente declara??o do Departamento de Estado dos EUA, que desconsidera os fatos e ataca as a??es legítimas de aplica??o da lei marítima da China.
Os Estados Unidos est?o endossando descaradamente a viola??o da soberania da China pelas Filipinas, e suas inten??es est?o destinadas ao fracasso, disse o porta-voz.
O caso de arbitragem do Mar do Sul da China foi manipulado nos bastidores pelos EUA e é uma farsa politicamente motivada, de acordo com o porta-voz.
"A alegada decis?o, contrária ao direito internacional, incluindo a Conven??o das Na??es Unidas sobre o Direito do Mar, é ilegal e inválida", disse o porta-voz. "Pedimos aos EUA que parem de usar a quest?o do Mar da China Meridional para semear a discórdia e que respeitem a soberania territorial e os direitos marítimos chineses".