Para aprofundar a coopera??o agrícola com a China, os Estados Unidos devem parar de politizar quest?es econ?micas ou exagerar o conceito de seguran?a, disse o embaixador chinês nos Estados Unidos, Xie Feng, em resposta à recente ordem do Arkansas exigindo que a empresa chinesa Syngenta venda terras agrícolas no estado.

No Fórum de Comércio Agrícola Sustentável China-EUA e na Cerim?nia de Assinatura de Contratos, realizada em Des Moines, capital de Iowa, na segunda-feira, o embaixador chinês destacou que, recentemente, uma importante empresa agrícola internacional foi ordenada por um estado americano a vender as terras agrícolas que possuía há 35 anos.

A empresa emprega 4.000 americanos e tem servido aos agricultores americanos com tecnologia agrícola avan?ada em mais de 40 estados. Anualmente, ela paga salários que somam US$ 510 milh?es e compra bens e servi?os no valor de US$ 2 bilh?es. Nos últimos 53 anos de sua opera??o nos Estados Unidos, a empresa nunca representou nenhum risco à seguran?a nacional. Mas agora, ela está sujeita a uma repress?o irracional simplesmente porque foi comprada por uma empresa chinesa há seis anos, disse Xie.

"Imagine só: se essa discrimina??o e tratamento injusto acontece com uma empresa americana que investe em outro lugar, que corre o risco de ser expulsa a qualquer momento por desrespeito ao contrato, como o governo e as pessoas se sentiriam? Há algum respeito básico pelo espírito do contrato, pelas regras do mercado e pela concorrência justa?", perguntou Xie.

O embaixador chinês observou que a China e os Estados Unidos est?o enfrentando sérias dificuldades e desafios nas rela??es bilaterais. "Para aprofundar a coopera??o agrícola, precisamos dizer 'n?o' às tentativas de politizar as quest?es econ?micas ou de estender demais o conceito de seguran?a."

Xie disse que cerca de 800 milh?es de pessoas em todo o mundo ainda vivem com fome, e a seguran?a alimentar global está enfrentando desafios graves e complexos.

"A coopera??o agrícola entre nós n?o só trará mais op??es de alimentos para as mesas de nossos povos e mais renda para os bolsos dos agricultores, mas também nos permitirá combater desafios comuns, como a seguran?a alimentar global, com tecnologia agrícola avan?ada para o benefício de toda a humanidade", disse ele.