Visitantes observam o café de Honduras, que entra pela primeira vez no mercado chinês, na 6a Exposi??o Internacional de Importa??o da China (CIIE), em Shanghai, leste da China, em 5 de novembro de 2023. (Foto: Liu Ying/Xinhua)
A China e os países latino-americanos est?o abra?ando novas oportunidades de coopera??o à medida que as rela??es econ?micas e comerciais se desenvolvem de forma vibrante em setores como agricultura e investimento em infraestrutura.
Funcionários do governo, chefes de organiza??es internacionais e empresários de ambos os lados reuniram-se em Beijing para uma conferência de dois dias para explorar novos caminhos de crescimento para uma parceria refor?ada de comércio e investimento entre a China e a América Latina.
"A República Popular da China tem sido uma defensora consistente de la?os mais fortes com os países da América Latina e do Caribe", disse o Dr. Mohamed Irfaan Ali, presidente da República Cooperativa da Guiana, num discurso na cerim?nia de abertura da 16a Cúpula Empresarial China-América Latina e Caribe (ALC), concluída na útima sexta-feira.
O valor comercial entre a China e a América Latina cresceu anualmente 7,7%, atingindo 485,7 mil milh?es de dólares americanos em 2022, reafirmando a China como o segundo maior parceiro comercial da América Latina, de acordo com dados da última cúpula, que envolveu setores privados da China e países da ALC.
Os países da ALC com vasto potencial de mercado em infraestruturas, desenvolvimento verde e outros setores impulsionaram as empresas chinesas a refor?ar o investimento na regi?o. De acordo com os dados, a regi?o da ALC tornou-se o segundo maior destino do investimento chinês no exterior.
Os países da ALC com recursos naturais abundantes exportam numerosos produtos agrícolas, desde milho e carne até gr?os de café.
“A China tem sido um mercado de rápido crescimento para os principais exportadores de café na regi?o da ALC e esta tendência foi visível durante a pandemia, uma vez que a procura por café produzido em casa registrou um aumento acentuado”, disse Wu Jiahang, representante-chefe da China na Federa??o Nacional dos Cafeicultores da Col?mbia (FNC).
Wu acrescentou que o volume de exporta??o de café e produtos relacionados da Col?mbia para a China atingiu cerca de 11,64 milh?es de quilos, com o valor total atingindo 81,22 milh?es de dólares no ano passado.
Wu acredita no grande potencial do mercado chinês, especialmente considerando que o consumo per capita de café na China permanece significativamente abaixo da média global. Ele ressaltou que a crescente demanda dos consumidores por produtos de café de alta qualidade será uma for?a motriz para o crescimento sustentado do mercado cafeeiro chinês.
A China e os países da ALC s?o complementares entre si, uma vez que a China apresenta vantagens nas indústrias de maquinaria e transforma??o e os países da ALC têm vantagens comparativas no setor agrícola. Ambos os lados registraram um aprofundamento da parceria comercial, segundo especialistas da indústria e representantes empresariais presentes na cúpula.
O Beijing Capital Agribusiness & Foods Group desenvolveu parcerias com uma dúzia de países latino-americanos, com o valor do comércio exterior com esses países atingindo quase 20 bilh?es de yuans até agora, segundo Ma Jun, vice-gerente geral da empresa.
"A tendência de crescimento da coopera??o agrícola entre a China e a América Latina nos últimos anos é muito sólida, e os dois lados deveriam abrir ainda mais os seus mercados agrícolas com base no aproveitamento das vantagens complementares dos recursos de mercado um do outro", disse Song Jingwu, um pesquisador da Associa??o Chinesa para a Promo??o da Coopera??o Agrícola Internacional.
A coopera??o entre a China e os países da ALC estendeu-se do setor agrícola para abranger investimentos em infra-estruturas.
Um número crescente de empresas chinesas de infraestrutura, operando em setores como o de gera??o de energia e transporte, entrou na Col?mbia para explorar o potencial do mercado, afirmou Carlos Ronderos, presidente do conselho de administra??o da Camara de Investimento e Comércio Col?mbia-China. Ele disse que espera que esfor?os de investimento mais amplos sejam feitos por investidores chineses no país latino-americano.
Com o objetivo de promover a eficiência operacional de instala??es de transporte e infraestrutura, as empresas chinesas, incluindo a empresa de transporte privado Didi e a gigante chinesa de NEV BYD, lan?aram iniciativas de coopera??o com governos locais em países como o Brasil para aumentar a propor??o de veículos elétricos no novo mercado de automóveis, bem como desenvolver servi?os de carona fornecidos por meio de carros com novas energias.
Dados das alfandegas chinesas mostraram que o comércio exterior da China com os países da ALC aumentou 5,1% nos primeiros nove meses do ano, superior ao crescimento geral do comércio exterior do país.