A temperatura média no Brasil alcan?ou um nível recorde pelo quarto mês consecutivo em outubro, informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao apontar que, entre julho e outubro, a diferen?a entre o valor registrado e a média histórica -varia??o que tecnicamente se denomina "desvio"- foi superior a 1 grau Celsius (°C).
Segundo o estudo do Inmet, a temperatura média observada no Brasil no mês passado foi de 26,4°C. O resultado foi 1,2°C superior à média histórica do mês (25,2°C). "Entre os quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro apresentou o maior desvio desde 1961, com 1,6°C acima da climatologia 1991/2020", informou o Inmet.
Esse mês, a temperatura média registrada foi de 25,8°C, enquanto a média história era de 24,2°C, 1,4°C acima da média histórica (22,9°C) e em julho, a média observada (23°C) superou em mais de 1°C a média histórica (21,9°C).
O Inmet acrescentou que estes meses "foram marcados pelo calor extremo em grande parte do país e eventos de ondas de calor, refletindo os impactos do fen?meno El Ni?o (aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacífico Equatorial), que tende a favorecer o aumento das temperaturas em várias regi?es do planeta".
O aumento da temperatura global da superfície terrestre e dos oceanos também está contribuindo para que ocorram cada vez mais fen?menos extremos.
"O cenário indica que 2023 será o ano mais quente desde os anos 60. Estes resultados corroboram as perspectivas encontradas por outros organismos meteorológicos internacionais, já que, segundo os pesquisadores do Servi?o da Mudan?a Climática da Uni?o Europeia, é pouco provável que os dois últimos meses deste ano revertam este recorde, dado que a tendência é de altas temperaturas em todo o mundo até novembro", acrescentou o Inmet.
A expectativa é que o calor continue durante os próximos dias. Diante desta situa??o, o Inmet emitiu um alerta no qual se prevê que uma nova "onda de calor" castigará especialmente o interior do Brasil.