"Acredito que, uma vez aberta a porta das rela??es China-EUA, ela nunca mais será fechada. Uma vez iniciada a causa da amizade entre os dois povos, ela n?o será abandonada a meio do caminho. A árvore da amizade entre pessoas cresceu e certamente resistirá às vicissitudes". Na noite de 15 de novembro, o presidente Xi Jinping participou em um banquete de boas-vindas organizado conjuntamente por grupos de amizade americanos em S?o Francisco, nos EUA, e fez um discurso, tra?ando o caminho para a retomada da estabilidade das rela??es sino-americanas.
“O futuro do mundo requer a coopera??o sino-americana”
A China e os Estados Unidos s?o as duas principais economias do mundo, com um agregado económico superior a um ter?o do total mundial - quase um quarto da popula??o mundial e aproximadamente um quinto do volume do comércio bilateral mundial. O estabelecimento da coexistência entre os dois países é crucial para a paz e o desenvolvimento mundiais e para o futuro e destino da humanidade.
Em 14 de novembro de 2022, horário local, o presidente Xi Jinping se reuniu com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, em Bali, na Indonésia. Biden assumiu o compromisso dos “quatro n?os e um n?o intencional”, a saber: os Estados Unidos n?o buscam uma nova Guerra Fria, n?o procuram mudar o sistema da China, n?o procuram opor-se à China fortalecendo alian?as, n?o apoiam a “independência de Taiwan" e n?o têm inten??o de entrar em conflito com a China.
No entanto, no ano passado, os Estados Unidos registraram um grave “défice de a??o” na implementa??o do Consenso de Bali, tendo mesmo contrariado o espírito defendido pelo consenso, levando a novas dificuldades nas rela??es bilaterais. Nos últimos meses, altos funcionários do governo dos EUA e pessoas próximas dos Estados Unidos visitaram a China, sendo que as intera??es bilaterais aumentaram significativamente e as rela??es entre os dois países demonstraram uma dinamica positiva de cessa??o do seu declínio e de retomada da estabiliza??o.
Nesta reuni?o entre os chefes de Estado chinês e norte-americano, em S?o Francisco, ambos reconheceram os esfor?os e o consenso alcan?ados por ambas as equipas desde a reuni?o de Bali na delinea??o dos princípios orientadores das rela??es sino-americanas. Foi também sublinhada a necessidade de coopera??o mútua, respeito, coexistência pacífica, manuten??o da comunica??o, preven??o de conflitos e do cumprimento da "Carta das Na??es Unidas, coopera??o em áreas de interesse comum e gest?o responsável de fatores competitivos nas rela??es bilaterais, fornecendo as diretrizes para devolver as rela??es sino-americanas ao caminho certo.
Kenneth Hammond, professor da Universidade Estadual do Novo México, nos Estados Unidos, disse em entrevista a um repórter do Diário do Povo Online que é particularmente importante que os Estados Unidos e a China compreendam corretamente a situa??o real um do outro e fortale?am o intercambio em vários campos para promover o respeito e a compreens?o mútuos.
Hammond acredita que o sistema social e económico da China é distinto do dos Estados Unidos. Alguns políticos americanos têm falhas óbvias nas suas opini?es sobre a China e n?o compreendem os enormes esfor?os da China para desenvolver a sua economia e melhorar a vida da popula??o. Para os Estados Unidos, uma compreens?o correta e abrangente da história e da cultura chinesas estabelecerá uma base mais sólida para o desenvolvimento das rela??es bilaterais.
“Os respetivos sucessos da China e dos Estados Unidos s?o oportunidades um para o outro”
A China e os Estados Unidos têm amplos interesses comuns em setores diversos. A China e os Estados Unidos desenvolveram um comércio bilateral avaliado em 760 mil milh?es de dólares e acumularam investimentos bidirecionais de mais de 260 mil milh?es de dólares. Ambos estabeleceram protocolos de amizade e gemina??o entre 284 pares de províncias, estados e cidades, com máximos de mais de 300 visitas semanais e mais de 5 milh?es de pessoas viajando entre eles todos os anos. N?o importa o qu?o a situa??o mude, a lógica histórica da coexistência pacífica entre a China e os Estados Unidos manter-se-á inalterada. O desejo fundamental dos povos chinês e americano de favorecer o intercambio e a coopera??o n?o mudará. As expectativas das popula??es em todo o mundo em prol do desenvolvimento estável das rela??es China-EUA n?o mudar?o.
Uma expectativa comum dos dois povos passa por promover conquistas mútuas e a prosperidade comum entre os dois países e aumentar as áreas de coopera??o. Os resultados da reuni?o dos chefes de Estado China-EUA em S?o Francisco s?o multifacetados. Com base no respeito mútuo, igualdade e reciprocidade, as duas partes discutiram o diálogo e a coopera??o em vários domínios tendo, atingido mais de 20 consensos em áreas como política e diplomacia, intercambios interpessoais e culturais, governa??o global, seguran?a militar entre outros.
Zhao Suisheng, professor da Escola de Rela??es Internacionais da Universidade de Denver e diretor do Centro de Coopera??o EUA-China, afirma que o resultado da reuni?o de S?o Francisco reflete a importancia que os dois países atribuem aos seus interesses comuns e a consciência da importancia de estabilizarem e melhorarem as rela??es nesta conjuntura histórica.
Ele elogiou os progressos alcan?ados pelos dois países na retomada da comunica??o de alto nível, do diálogo institucional entre os dois exércitos, e na expans?o da coopera??o em áreas como intercambios interpessoais e culturais, aplica??o da lei judicial e governa??o global.
“Trabalhar juntos para construir os cinco pilares das rela??es China-EUA”
O presidente Xi Jinping destacou durante esta reuni?o em S?o Francisco, que a China e os Estados Unidos deveriam ter uma nova vis?o e trabalhar em conjunto para construir os cinco pilares das rela??es China-EUA. Esses pilares consistem, respetivamente: no estabelecimento conjunto de um entendimento correto; gest?o das diferen?as de forma conjunta e eficaz; promo??o conjunta da coopera??o mutuamente benéfica; assun??o conjunta de responsabilidades de grandes potências; promo??o conjunta do intercambio cultural e interpessoal.
Estes “cinco pontos em comum” estabelecem cinco pilares para as rela??es China-EUA e inauguraram a “Vis?o de S?o Francisco” para o futuro.
Zhao Suisheng disse que os "Cinco Comuns" enfatizam os interesses e a vis?o partilhados pela China e Estados Unidos, com o intuito de encontrar uma forma correta dos dois países se relacionarem e fornecerem a orienta??o para a retomada do desenvolvimento futuro das rela??es bilaterais.
Hammond crê que a Vis?o de S?o Francisco se baseia no respeito mútuo e ambos os lados reconhecem que, embora os dois países tenham divergências, n?o devem se considerar como adversários. Ambas as partes devem agir com responsabilidade e procurar a melhor forma de cooperar para resolver quest?es de importancia vital para os dois povos.
Hammond refere que a visita do presidente Xi Jinping aos Estados Unidos representa um momento muito importante na história do desenvolvimento das rela??es EUA-China, e que a implementa??o do consenso importante alcan?ado pelos dois chefes de Estado na reuni?o em S?o Francisco enfrenta ainda desafios diversos. As a??es falam mais alto do que as palavras, e o verdadeiro significado da reuni?o de S?o Francisco reflectir-se-á nas políticas reais adotadas pelos Estados Unidos em rela??o à China daqui em diante.
O próximo ano marca o 45o aniversário do estabelecimento de rela??es diplomáticas entre a China e os Estados Unidos. Come?ando em S?o Francisco, reunir a for?a dos dois povos, continuar a amizade Sino-EUA e liderar o navio gigante das rela??es China-EUA para fazer um progresso constante e de longo prazo está em linha com os interesses comuns de ambos países, com as aspira??es dos povos, e com o refor?o da estabilidade e justi?a num mundo interligado.