Pesquisadores chineses iniciaram experimentos reprodutivos com 66.500 sementes de batata que foram levadas ao espa?o a bordo da nave espacial tripulada Shenzhou-16, e que permaneceram no espa?o por mais de 180 dias.
Após a germina??o, cultivo e transplante das sementes, as variedades de sementes superiores ser?o selecionadas para avalia??o posterior, disse Zhang Linhai, diretor do centro de inova??o tecnológica da Xisen Potato Industry Co., Ltd., responsável pela tarefa.
A reprodu??o espacial refere-se à exposi??o de sementes ou cepas à radia??o cósmica e à microgravidade espacial para causar muta??es em seus genes, criando novas espécies ou variedades com melhor desempenho, por exemplo, com menor período de crescimento, maior rendimento e melhor resistência a doen?as.
Pesquisadores do centro no distrito de Shangdu, na Regi?o Aut?noma da Mongólia Interior, no norte da China, planejam criar variedades de batata com tolerancia a álcalis salgados e rendimentos mais altos por meio de experimentos que usam tecnologia avan?ada de edi??o de genes para auxiliar a reprodu??o genética tradicional.
Essa abordagem tem o potencial de reduzir o ciclo de reprodu??o de mais de uma década para apenas alguns anos, disse Zhang.
é a segunda vez que a Xisen Potato Industry Co., Ltd. envia sementes para o espa?o. Em junho de 2022, 20 mil sementes de batata selecionadas pela empresa foram enviadas para a esta??o espacial chinesa via Shenzhou-14, retornando à Terra após 182 dias.
Foi em 1987 que a China enviou para o espa?o pela primeira vez suas sementes de cultivo, incluindo arroz e pimenta, marcando o início da jornada de reprodu??o espacial do país. Nos últimos trinta e poucos anos, realizou mais de 30 experimentos espaciais envolvendo sementes, mudas e linhagens de plantas, resultando no cultivo de quase 1.000 novas variedades.