Apenas 8% dos mo?ambicanos se matriculam no ensino superior no país, revelou o presidente mo?ambicano, Filipe Nyusi, ressaltando a necessidade urgente de melhorar a taxa geral de escolariza??o, que atualmente está abaixo da média dos países da áfrica Austral.

"A popula??o do ensino superior corresponde atualmente a uma taxa bruta de escolaridade de cerca de 8,19%, o que significa que a cada 100 mo?ambicanos com idade para estar no ensino superior apenas oito deles est?o nesse subsistema", informou Nyusi na quarta-feira, durante a inaugura??o do edifício da faculdade de ciências e do departamento de geologia da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior e mais antiga institui??o de ensino superior do país.

Nyusi disse que a taxa bruta de escolariza??o de Mo?ambique é menor do que a média da áfrica Austral de 10%, bem como as taxas da América Latina (52%) e da Europa (70%). Ele acredita que esses números confirmam a adequa??o da política do país para expandir as oportunidades educacionais.

Manifestando mais preocupa??o, Nyusi abordou a distribui??o desproporcional da popula??o estudantil por regi?es e províncias de Mo?ambique, juntamente com o desequilíbrio nos cursos de frequência. Atualmente, 73,4% dos estudantes est?o matriculados em cursos de ciências sociais, literatura e humanidades, enquanto apenas 26,6% frequentam cursos de ciências tecnológicas, engenharia e matemática.

Diante dos desafios, o presidente também ressaltou a importancia da inova??o tecnológica e dos investimentos para atender às necessidades de desenvolvimento. Ele observou os custos significativos da pesquisa e a necessidade de investimento, mas enfatizou a necessidade de promover uma abordagem visionária e criar oportunidades nesse sentido.

Nyusi explicou que alcan?ar a independência técnico-científica gradual é crucial para fortalecer a soberania do país nos campos específicos do conhecimento e da atividade socioecon?mica.

O edifício recém-inaugurado, construído e equipado por meio de uma parceria entre o governo mo?ambicano e o Banco árabe para o Desenvolvimento Econ?mico na áfrica, tem um investimento de mais de US$ 12 milh?es.