O G20 é o principal fórum para a coopera??o econ?mica internacional, n?o uma plataforma para resolver quest?es geopolíticas e de seguran?a. Este é um consenso do G20. Esperamos que a reuni?o dos ministros das Rela??es Exteriores ajude a refor?ar a solidariedade e a coopera??o e contribua para o crescimento e desenvolvimento econ?mico global, disse uma porta-voz do ministério das Rela??es Exteriores da China antes da reuni?o dos ministros das Rela??es Exteriores do G20 realizada na quarta-feira (21) no Brasil, enquanto alguns países ocidentais est?o novamente tentando transformar o evento numa arena para lutas geopolíticas e impedir que os países cheguem a um consenso.
O ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, devido à sua agenda, n?o p?de comparecer à reuni?o e designou o vice-ministro das Rela??es Exteriores, Ma Zhaoxu, para representar a China, disse Mao Ning, porta-voz do ministério das Rela??es Exteriores da China, no mesmo dia.
O Brasil preside o G20 este ano e esta será a primeira reuni?o do ano dos ministros das Rela??es Exteriores das principais economias.
Os temas que estar?o no topo da agenda ser?o a crise Rússia-Ucrania e a situa??o no Oriente Médio, entre outros, segundo informou o site do G20 Brasil.
A Rússia, no entanto, considerou o tema da Ucrania como "n?o essencial" para o G20. "A delega??o russa pretende chamar aten??o especial dos parceiros para a inaceitabilidade da politiza??o do G20, que, de acordo com o seu mandato, é concebido para focar estritamente nos desafios socioecon?micos", afirmou o Ministério das Rela??es Exteriores russo num comunicado no seu site.
Respondendo às observa??es do Ministério das Rela??es Exteriores russo, Mao disse numa conferência de imprensa na quarta-feira que o G20 é o principal fórum para a coopera??o econ?mica internacional, e n?o uma plataforma para resolver quest?es geopolíticas e de seguran?a. "Esperamos que a reuni?o dos ministros das Rela??es Exteriores ajude a refor?ar a solidariedade e coopera??o e contribuir para o crescimento e desenvolvimento econ?mico global", ponderou ela.
Especialistas chineses salientaram que, à luz dos crescentes desafios globais, os EUA e os seus aliados ocidentais poder?o transformar o G20, uma plataforma para a coopera??o econ?mica global, num campo de batalha para a rivalidade geopolítica, o que poderá impedir os países de alcan?arem consenso sobre importantes quest?es globais.
“Esses países n?o apenas n?o conseguir?o chegar a um acordo sobre a crise Rússia-Ucrania, como também é improvável que cheguem a um acordo sobre o conflito Palestina-Israel. Tal dilema representa um desafio para o Brasil anfitri?o”, Qian Feng, diretor do departamento de pesquisa do Instituto Nacional de Estratégia da Universidade Tsinghua, disse ao Global Times.
Apesar da press?o dos países ocidentais para que o grupo condenasse a Rússia, a última cúpula do G20, realizada em Nova Deli, na índia, em setembro, terminou com uma declara??o que n?o condenava explicitamente a Rússia.
Citando uma fonte do governo brasileiro, a AFP informou que após as recentes lutas do G20 por consenso, os anfitri?es eliminaram a exigência de que cada reuni?o produzisse uma declara??o conjunta - com exce??o da cúpula anual dos líderes, marcada para novembro deste ano no Rio.
Além dos desafios geopolíticos, o mundo está olhando para os países participantes na cúpula do G20 em busca de solu??es para estimular a economia lenta. A politiza??o do evento poderia dificultar o processo de procura de acordos e, em última análise, desapontar a popula??o global, de acordo com Qian.
Segundo relatos, o Brasil também quer usar sua presidência do G20 para pressionar por mais a??es para combater a pobreza e as mudan?as climáticas. A Uni?o Africana fará sua estreia este ano como membro de pleno direito do G20, e o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva refor?ou a importancia do multilateralismo e o papel das na??es do Sul Global na constru??o de um mundo mais justo, segundo o site do G20 Brasil.