Um funcionário de um fabricante de equipamentos de engenharia em Nanjing, província de Jiangsu, trabalha numa linha de produ??o. Foto: Yang Bo, China News Service
A economia da China tem sustentado um crescimento robusto, apesar das incertezas e dos desafios nas frentes doméstica e internacional, em forte contraste com a situa??o em algumas outras grandes economias, segundo analistas.
Eles rejeitaram especula??es de que a economia da China enfrentaria algumas dificuldades nos próximos meses, afirmando que a recupera??o deverá continuar este ano, com a melhoria prevista no consumo e no investimento.
Encarando o futuro, afirmam que o aumento da procura e a promo??o de novos motores de crescimento estar?o entre as principais prioridades do trabalho econ?mico deste ano. Previram ainda que o país, provavelmente, definirá a sua meta anual de crescimento do PIB em cerca de 5% durante as próximas duas sess?es - as reuni?es em Beijing dos principais órg?os legislativos e consultivos políticos do país.
“A economia da China expandiu-se 5,2% em 2023, significativamente acima da dos Estados Unidos, com 2,5%, da zona euro com 0,5%, e do Jap?o com 1,9%”, disse Sheng Laiyun, vice-chefe do Gabinete Nacional de Estatísticas.
Ele disse num comunicado divulgado no site do DNE na quinta-feira que a China deverá contribuir com mais de 30% do crescimento económico global, continuando a ser o principal motor que impulsiona o crescimento global.
Zhang Yuxian, diretor do Departamento de Previs?es Económicas do Centro de Informa??o do Estado, disse acreditar que a economia da China terá um bom arranque este ano, estimando que a economia crescerá de forma constante no primeiro trimestre, com a entrada em vigor das medidas políticas de estímulo.
Embora a economia em geral enfrente ainda desafios decorrentes da falta de procura e de um ambiente externo complexo, o analista afirma que: "A dinamica da recupera??o económica da China está preparada para atravessar uma maior consolida??o em 2024, impulsionada pelo avan?o da transforma??o industrial e o aprofundamento contínuo das reformas".
Tian Xuan, reitor associado da Escola de Finan?as PBC da Universidade de Tsinghua, disse prever que a meta anual do PIB, a ser anunciada durante as duas sess?es, e a taxa de crescimento final do país será de cerca de 5%, indicando um melhor desempenho económico este ano face a 2023.
Tian destacou a necessidade de gerir a rela??o entre o crescimento dos motores económicos novos e os tradicionais durante o processo de transforma??o estrutural económica, uma vez que a Conferência Anual de Trabalho Económico Central, realizada em Dezembro, apelou a esfor?os para "estabelecer o novo antes de abolir o antigo".
Devem ser envidados mais esfor?os para impulsionar a moderniza??o de alguns sectores tradicionais e promover novas for?as produtivas, disse ele.
Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial e diretor do Grupo Prospects, disse que o desafio que a China enfrenta é passar do crescimento impulsionado pelo investimento e pelas exporta??es para um crescimento promovido pelo consumo e pelos servi?os.
"Fortalecer a confian?a do consumidor no curto prazo e empreender os tipos de reformas necessárias para melhorar as perspetivas de crescimento no longo prazo ser?o fundamentais", disse Kose na quarta-feira, em uma reuni?o de perspetivas globais realizada pelo Fórum Financeiro Internacional.
A Conferência Central de Trabalho Económico afirmou que devem ser feitos esfor?os para estimular o consumo e expandir o investimento produtivo, para a cria??o de um ciclo virtuoso de promo??o mútua entre consumo e investimento.
Ning Jizhe, vice-presidente do Centro Chinês para Intercambios Económicos Internacionais, disse que a conferência tra?ou prioridades para os trabalhos económicos deste ano, especialmente em termos da dinamiza??o do consumo.
Ning, que é também vice-diretor do Comitê de Assuntos Econ?micos do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês, disse que mais esfor?os devem ser empreendidos para aumentar o poder de compra das pessoas, otimizar o ambiente de consumo e impulsionar o setor dos servi?os.
Gary Rosen, CEO da Accor Greater China, disse que o grupo hoteleiro francês está comprometido com o mercado chinês, acrescentando que a China deverá se tornar o maior mercado turístico do mundo até 2035.
“A China desempenha um papel significativo para nós como empresa e estaremos sempre focados no crescimento aqui”, disse ele. "à medida que a economia cresce... isso abre a porta para que mais empresas em todo o mundo tenham a oportunidade de continuar ou come?ar a investir e expandir os seus negócios na China."