Economistas de diversas institui??es financeiras estrangeiras afirmaram que vários dados encorajadores, como o aumento da infla??o e o desempenho do comércio externo, indicam que a economia chinesa continua a ganhar for?a e a manter sua tendência ascendente no início do ano.

O índice de pre?os ao consumidor (IPC) da China subiu 0,7% em termos anuais em fevereiro, revertendo uma queda de 0,8% em Janeiro, e o núcleo do IPC, deduzindo os pre?os dos alimentos e da energia, subiu 1,2% em termos anuais em fevereiro, marcando o maior aumento em dois anos, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas.

Os analistas de pesquisa da Nomura acreditam que a infla??o medida pelo IPC se situa bem acima das expectativas do mercado, com a libera??o robusta da demanda de consumo reprimida durante o feriado do Festival da Primavera, refletida no aumento das vendas de passagens aéreas, servi?os de aluguel de veículos, ingressos de cinema e eventos de apresenta??es ao vivo.

O economista da UBS, Wang Tao, previu que a China assistirá a uma taxa de crescimento do IPC mais alta este ano do que em 2023, com uma leve recupera??o de pre?os.

Além disso, o comércio exterior de bens do país subiu 8,7%, atingindo um máximo histórico de 6,61 trilh?es de yuans (cerca de 931 bilh?es de dólares americanos) nos primeiros dois meses do ano, de acordo com dados da Administra??o Geral das Alfandegas.

As fortes exporta??es para os mercados emergentes impulsionaram o crescimento do comércio do país no período janeiro-fevereiro, de acordo com a Nomura.

Os economistas expressaram otimismo relativamente às perspetivas económicas da China, dado que o relatório de trabalho do governo deste ano enfatizou os esfor?os para promover o desenvolvimento de alta qualidade.

Wang disse que o governo chinês destacou as mudan?as estruturais em curso e delineou políticas estruturais para facilitar a transi??o, tais como políticas sobre o desenvolvimento de novas for?as produtivas de qualidade.

Liu Jing, economista-chefe para a Grande China do HSBC, disse que a China pode cumprir a sua meta de crescimento de cerca de 5% este ano.

Uma série de fatores favoráveis, incluindo a estabiliza??o do mercado imobiliário, a recupera??o dos sentimentos dos consumidores, investimentos mais fortes na indústria, impulsionados por atualiza??es massivas de equipamentos, e medidas fiscais e monetárias, ajudar?o a promover uma recupera??o constante da economia, concluiu Liu.