Pessoas esperam para receber comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)

O Escritório das Na??es Unidas para a Coordena??o de Assuntos Humanitários (ENUCAH) disse na quinta-feira (28) que mais de 1,1 milh?o de pessoas na Faixa de Gaza enfrentam "um nível extremo de inseguran?a alimentar", enquanto Israel impede a ajuda de entrar no enclave.

A declara??o, publicada na plataforma de redes sociais X, enfatizou a necessidade de distribuir ajuda alimentar suficiente através de rotas terrestres para salvar vidas, especialmente nas zonas norte da Faixa.

No entanto, “os impedimentos de acesso persistem e o tempo está se esgotando”, afirmou o ENUCAH.

Entretanto, fontes médicas anunciaram na quinta-feira a morte de uma crian?a na cidade de Beit Lahia, no norte de Gaza, devido à fome e à falta de tratamento disponível, elevando para 30 o número de mortes devido à desnutri??o no enclave.

Pessoas recebem comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)

Israel tem lan?ado uma ofensiva em grande escala contra o Hamas na Faixa de Gaza para retaliar contra o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, durante o qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns.

Como resultado, o enclave costeiro sitiado, onde vivem cerca de 2,35 milh?es de pessoas, enfrenta condi??es humanitárias difíceis, no meio de alertas internacionais de fome.

Entretanto, o Ministério das Rela??es Exteriores e Expatriados do Estado da Palestina alertou para o perigo da rejei??o contínua por parte de Israel da implementa??o da última resolu??o do Conselho de Seguran?a da ONU que exige um cessar-fogo imediato durante o mês sagrado mu?ulmano do Ramad?.

Numa declara??o, apelou ao Conselho de Seguran?a da ONU para que tome as medidas necessárias para implementar a resolu??o e alcan?ar um cessar-fogo imediato, garantindo a prote??o dos civis e a entrada sustentável da ajuda humanitária em todas as áreas do enclave por terra, ar e mar.

A declara??o acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de "exportar as suas crises para os territórios palestinianos, para a regi?o e para o mundo" e de usar uma política de pagar o pre?o ao lidar com todas as partes para mitigar a gravidade dessas crises e prolongar a sua estadia.

Pessoas esperam para receber comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)