O produto interno bruto da China expandiu-se 5,3% em termos anuais no primeiro trimestre, após um aumento de 5,2% no quarto trimestre, segundo dados oficiais, na ter?a-feira, sendo um bom presságio para uma recupera??o econ?mica constante nos meses seguintes.

O PIB do país foi de 29,63 trilh?es de yuans (4,09 trilh?es de dólares) no primeiro trimestre, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE).

Numa base trimestral, o PIB da China cresceu 1,6% no primeiro trimestre, informou o DNE.

"A economia chinesa está apresentando mais sinais de recupera??o... impulsionada pelo notável crescimento das exporta??es e da indústria transformadora", disse Robin Xing, economista-chefe para a China do Morgan Stanley.

A produ??o industrial de valor acrescentado da China cresceu 6,1% em termos anuais no primeiro trimestre. A cifra registrou um aumento de 4,5% em mar?o, após um crescimento de 7% nos primeiros dois meses do ano, com base em dados do DNE.

As vendas no varejo, uma medida-chave dos gastos do consumidor, cresceram 4,7% no primeiro trimestre. No mês de mar?o, aumentaram 3,1% face ao crescimento de 5,5% nos primeiros dois meses.

O investimento em ativos fixos – um indicador de despesas em itens que incluem infraestruturas, bens imóveis, maquinaria e equipamento – aumentou 4,5 por cento nos primeiros três meses, enquanto nos primeiros dois meses cresceu 4,2 por cento.

A taxa de desemprego urbano apurada foi de 5,2% em mar?o, abaixo dos 5,3% de fevereiro, de acordo com o DNE.

Encarando o futuro, Xing disse que prevê que o PIB da China no segundo trimestre acelere para mais de 5,5% em termos anuais.

O Morgan Stanley reconsiderou recentemente a previs?o do produto interno bruto real da China para 2024, de 4,2% para 4,8%, com base nas exporta??es e despesas de capital industrial mais fortes do que o esperado do país.

A sua previs?o para o crescimento da China em 2025 foi também revista de 4% para 4,5%.

Dois ter?os da revis?o em alta resultam de exporta??es mais fortes do que o esperado, impulsionadas pela procura resiliente dos EUA e pelo volume robusto de exporta??es num contexto de pre?os baixos.

O resto da revis?o em alta deve-se às despesas de capital na indústria transformadora, à medida que o país duplica a aposta nas atualiza??es da cadeia de abastecimento, com foco na eficiência energética e na digitaliza??o, afirmou o Morgan Stanley num relatório.

Xing disse que as exporta??es continuar?o a ser um factor positivo primário para o crescimento da China em 2024, tendo em conta a recupera??o da procura global, especialmente a procura mais forte dos EUA. "Estimo que as exporta??es possam crescer entre 5% e 10% este ano".