Lin Jian, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores da China, comentou em 19 de abril a alegada “teoria da sobrecapacidade da China” exposta pelos Estados Unidos.
Seguem abaixo suas declara??es:
N?o é um “conceito novo”. Os Estados Unidos já rotularam as exporta??es da China de um grande número de produtos de alta qualidade e baixo custo para o mundo como "excesso de capacidade". Agora, passaram a rotular a exporta??o de produtos chineses de novas energias como "excesso de capacidade". Nessa lógica, 80% dos chips americanos, principalmente chips de alta qualidade, carne suína e produtos agrícolas, também s?o exportados em grandes quantidades. Porque n?o pode essa situa??o ser também qualificada de "excesso de capacidade"? A propor??o de exporta??es de veículos de novas energias da China na produ??o é muito inferior à de países como Alemanha, Jap?o e Coreia do Sul, e n?o se fala em dumping "excessivo" no exterior. A alegada "teoria da sobrecapacidade da China" apresentada pelos Estados Unidos parece ser um conceito econ?mico, mas por detrás está a inten??o de conter e suprimir o desenvolvimento industrial chinês. Trata-se de coer??o econ?mica e hegemonia.
Na era atual, tanto a oferta como a procura s?o globais, e a capacidade de produ??o dos diferentes países é determinada por suas respectivas vantagens comparativas. Estas devem ser encaradas de forma objectiva, dialéctica e racional com base nas leis econ?micas. As novas vantagens da indústria energética da China s?o obtidas através de competências reais e moldadas através da inova??o tecnológica contínua e da plena concorrência no mercado. A prescri??o de medicamentos a terceiros n?o pode curar a própria doen?a. Do mesmo modo, a utiliza??o do “excesso de capacidade” como desculpa para adotar medidas de prote??o comercial n?o pode resolver problemas internos. As indústrias emergentes prejudicam a resposta da comunidade internacional às altera??es climáticas e aos esfor?os conjuntos para a transforma??o e o desenvolvimento verdes. Instamos os Estados Unidos a abandonar seu complexo hegem?nico, a manter uma mente aberta, a insistir na concorrência leal, a respeitar os princípios econ?micos de mercado e as regras econ?micas e comerciais internacionais, a fomentarem uma economia e comércio com voca??o verdadeiramente internacional, orientada para o mercado e baseada na lei. Os EUA devem trabalhar com a comunidade internacional com espírito de coopera??o, com vista a promover a globaliza??o econ?mica, e um desenvolvimento numa dire??o mais inclusiva.