O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira um conjunto de medidas econ?micas para ajudar o Rio Grande do Sul, devastado por uma tragédia climática sem precedentes na história do estado mais ao sul do país, que faz fronteira com Argentina e Uruguai, que já causou a morte de 107 pessoas.
As medidas, incluindo créditos para famílias, empresas, pequenos agricultores e municípios, além de refor?o nos programas de ajuda social, devem injetar mais de 50 bilh?es de reais (US$ 9,71 bilh?es) na economia do estado, que enfrenta as consequências de tempestades e inunda??es que alagaram cidades, destruíram casas e estradas, afetando cerca de 1,5 milh?o de pessoas.
A ajuda econ?mica foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma cerim?nia com a participa??o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e acompanhada pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, e da Camara dos Deputados, Arthur Lira, e outras autoridades.
Em seu discurso, o presidente Lula disse que as medidas anunciadas s?o apenas as primeiras e ressaltou a uni?o dos Três Poderes para enfrentar a emergência.
"Quero agradecer ao Congresso Nacional por seu apoio na aprova??o do projeto de decreto legislativo e, agora, por receber a medida provisória que garantirá 50 bilh?es de reais para o Rio Grande do Sul", disse Lula.
As medidas entram em vigor imediatamente, mas devem ser aprovadas pela Camara e pelo Senado em um prazo de 120 dias para n?o perder sua validade.
O presidente já esteve no estado duas vezes desde o início da catástrofe, em 29 de abril, e tem dedicado a maior parte de sua agenda nos últimos dias a discutir medidas de emergência e reconstru??o para o estado, que tem mais de dois ter?os de seus municípios afetados pelas inunda??es.
Segundo a última atualiza??o da Defesa Civil, 395.600 pessoas tiveram que deixar suas casas, sendo que 68.519 pessoas est?o em abrigos e 327.105 est?o na casa de amigos e parentes.
A nova atualiza??o de feridos praticamente dobrou, de 374 para 754 e há 136 desaparecidos. Segundo a Defesa Civil, os aumentos ocorreram porque os municípios est?o voltando a ter acesso aos sistemas de notifica??o e, com isso, est?o conseguindo inserir os dados de danos humanos em decorrência da tragédia.