O Ministro da Defesa Nacional da China, almirante Dong Jun, afirmou que a China n?o permitirá que nenhum país ou for?a incite a guerra ou o caos na regi?o da ásia-Pacífico. As declara??es foram proferidas durante a sua participa??o no prestigiado Diálogo de Shangri-La, um fórum de seguran?a global, em Singapura, no domingo.
No seu discurso, Dong destacou o desenvolvimento e a estabilidade arduamente conquistados da regi?o ásia-Pacífico, atribuindo-os à sabedoria coletiva e aos esfor?os do seu povo. “Isso deve ser altamente valorizado”, enfatizou.
"N?o permitimos que o hegemonismo e as políticas de poder prejudiquem a regi?o da ásia-Pacífico. N?o permitimos conflitos geopolíticos ou guerras quentes e frias aqui, e n?o permitimos que qualquer país ou for?a incite a guerra ou o caos", afirmou Dong.
Ao abordar os desafios de seguran?a comuns, Dong observou que nenhum país pode permanecer inafetado e que a seguran?a absoluta ou exclusiva é inatingível.
Apesar das oscila??es históricas, o desenvolvimento comum e a coopera??o mutuamente benéfica sempre foram a tendência dominante.
Dong reiterou o compromisso da China com a seguran?a comum, baseada na igualdade e no respeito, na abertura, na inclus?o e na salvaguarda dos interesses fundamentais. Ele reafirmou as posi??es da China no Mar do Sul da China e em Taiwan.
Embora reconhecendo a estabilidade geral no Mar do Sul da China, Dong criticou certos países por serem incitados por for?as externas a abandonar acordos bilaterais e provocar disputas. “A China demonstrou uma conten??o considerável, mas esta conten??o tem os seus limites”, alertou, apelando ao regresso ao diálogo e à consulta.
Sobre Taiwan, Dong reafirmou que a salvaguarda da soberania nacional e a integridade territorial é uma miss?o sagrada dos militares chineses. Ele garantiu que o Exército de Liberta??o Popular tomaria "a??es resolutas e contundentes" para impedir qualquer esquema de "independência de Taiwan".
Durante a sua visita de seis dias a Singapura, Dong esteve reunido com altos funcionários de seguran?a e defesa de mais de 10 países e organiza??es, incluindo os EUA, Jap?o, Austrália, Singapura, Camboja e a Uni?o Europeia.
Um dia antes, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, havia feito um discurso no Diálogo Shangri-La, enfatizando a lideran?a dos EUA na regi?o "Indo-Pacífico".
Zhang Chi, professor associado da Universidade de Defesa Nacional do ELP, comparou o discurso de Austin com o de Dong. Ele afirmou que o discurso de Austin se concentrou nos interesses de "pequenos círculos e grupos", enquanto que o de Dong abordou preocupa??es mais amplas de seguran?a da ásia-Pacífico e do mundo, oferecendo a Iniciativa de Seguran?a Global como uma solu??o.
Zhang descreveu a iniciativa como a principal proposta da China para resolver diferen?as e conflitos de seguran?a globalmente, promovendo o diálogo em vez do confronto, resultados ganha-ganha em vez de jogos de soma zero e parcerias em vez de alian?as.
Zhang criticou também as alian?as e os mecanismos de seguran?a liderados pelos EUA na ásia-Pacífico, argumentando que estes quadros "fechados e exclusivos" poder?o prejudicar a unidade regional, criando divis?es e conflitos que amea?am a estabilidade e a prosperidade.
He Lei, um ex-acadêmico militar, interpretou o discurso de Dong como um reflexo do compromisso da China com a “seguran?a comum, abrangente, cooperativa e sustentável” na ásia-Pacífico. Ele expressou preocupa??o de que o sistema de alian?as dos EUA possa levar à forma??o de um confronto de blocos regional, semelhante à OTAN, colocando potencialmente em risco a paz e a estabilidade regionais.