Shaun Patrick Salter, 65 anos, piloto de helicóptero australiano aposentado que mora em Hong Kong há 25 anos, mal pode esperar para receber um cart?o que lhe permitirá experimentar diferentes restaurantes no continente chinês todos os fins de semana.

"Também quero visitar a cidade natal da minha esposa, Taishan, na província de Guangdong, com mais frequência", disse Salter à Xinhua enquanto solicitava uma autoriza??o de viagem para o continente na quarta-feira, o primeiro dia em que passou a estar disponível para solicita??o de residentes permanentes n?o chineses de Hong Kong.

Os titulares da licen?a poder?o entrar múltiplas vezes no continente dentro de um período de validade de cinco anos, com cada estadia n?o excedendo 90 dias. Após a conclus?o dos procedimentos, como a coleta de impress?es digitais, os titulares podem entrar pelo canal de libera??o expressa, anunciou a Administra??o Nacional de Imigra??o no início deste mês.

Em um centro de servi?os de solicita??o de autoriza??es de viagem para o continente em Sheung Wan, um dos seis centros de servi?os da Regi?o Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), titulares de passaportes britanicos, americanos, indianos e sul-coreanos solicitaram suas autoriza??es na quarta-feira aos dois balc?es reservados especificamente para candidatos n?o chineses.

“Esta é a maneira mais fácil de viajar para o continente até agora”, disse o empresário americano chamado Nick, que vive e trabalha em Hong Kong há 27 anos. Suas viagens de negócios no continente, que em média ocorrem três vezes por ano, ser?o notavelmente facilitadas, e agora ele está pensando em levar seus dois filhos para passear na pitoresca cidade de Guilin, no sul da China.

As camaras de comércio estrangeiras em Hong Kong acolheram favoravelmente a nova medida, dizendo que refor?ará o estatuto de Hong Kong como um centro de negócios internacional e uma porta de entrada para o continente. Rajkumar N. Sabnani, vice-presidente da Camara de Comércio Indiana de Hong Kong, disse à Xinhua que os residentes permanentes n?o chineses de Hong Kong, uma grande comunidade em Hong Kong, desfrutar?o de mais oportunidades de negócios assim que receberem a licen?a.

A licen?a deverá também impulsionar o intercambio acadêmico. Quentin Parker, diretor do Laboratório de Pesquisa Espacial da Universidade de Hong Kong, faz visitas regulares ao continente chinês para conferências e outras atividades. Durante as oito viagens ao continente realizadas até agora este ano, ele teve que ficar na fila por cerca de uma hora quase todas as vezes para passar pelos pontos de controle.

"Como acadêmico, estou muito feliz com a nova oportunidade de visitar o continente de forma mais rápida e tranquila", disse Parker, acrescentando que o novo acordo também facilitará as viagens das delega??es acadêmicas.

"Como americano que vive em Hong Kong há mais de uma década, isso acrescenta um sentimento de perten?a. Expatriados como eu n?o se sentir?o mais como estranhos", disse Johnson Kong, membro do Conselho de Governadores do Conselho Internacional de Comercializa??o de Propriedade Intelectual.