Lujiazui, na Zona Piloto de Livre Comércio da China (Shanghai), em Shanghai, no leste da China. (Fang Zhe/Xinhua)
"Na China, o ressurgimento do consumo interno impulsionou a subida positiva no primeiro trimestre, auxiliado pelo que parecia ser um aumento temporário nas exporta??es, que se reconectaram tardiamente com o aumento da procura global no ano passado", avan?ou o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O FMI revisou na ter?a-feira o crescimento econ?mico da China em 2024 para 5%, em uma atualiza??o de suas Perspectivas Econ?micas Mundiais (WEO, em inglês), a partir da previs?o de 4,6% em abril.
A revis?o é atribuída principalmente a uma recupera??o do consumo privado e às fortes exporta??es no primeiro trimestre.
"Na China, o ressurgimento do consumo interno impulsionou a subida positiva no primeiro trimestre, auxiliado pelo que parecia ser um aumento temporário nas exporta??es, que se reconectaram tardiamente com o aumento da procura global no ano passado", é referido.
O FMI manteve a sua previs?o para o crescimento global em 2024 em 3,2%, observando que as economias de mercado emergentes da ásia continuam a ser o principal motor da economia global.
A atividade global e o comércio mundial consolidaram-se na viragem do ano, com o comércio estimulado pelas fortes exporta??es da ásia, particularmente no sector tecnológico, observou a actualiza??o do relatório WEO.
Espera-se que o volume do comércio mundial cres?a 3,1% em 2024 e 3,4% em 2025, cada um 0,1% acima da proje??o de abril.
Sede do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Washington, D.C., Estados Unidos. (Ting Shen/Xinhua)
"As economias de mercado emergentes da ásia continuam a ser o principal motor da economia global. O crescimento na índia e na China é revisto em alta e é responsável por quase metade do crescimento global", escreveu o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, num blog.
A revis?o da previs?o de crescimento da China foi anunciada no final de maio pela primeira vice-diretora-geral do FMI, Gita Gopinath, durante uma coletiva de imprensa em Beijing, após a conclus?o da Consulta do Artigo IV de 2024 da equipe do FMI para a China.
A atualiza??o observou também que a dinamica da desinfla??o global está a abrandar, sinalizando obstáculos ao longo do caminho. “Os riscos ascendentes para a infla??o aumentaram, causando uma perspetiva de taxas de juro mais altas durante um período ainda mais longo, no contexto da escalada das tens?es comerciais e do aumento da incerteza política”, afirmou.
"Outros desafios à desinfla??o nas economias avan?adas poderiam for?ar os bancos centrais, incluindo a Reserva Federal, a manter os custos dos empréstimos mais elevados durante ainda mais tempo. Isso colocaria em risco o crescimento global, com maior press?o ascendente sobre o dólar e repercuss?es prejudiciais para as economias emergentes e em desenvolvimento”, disse Gourinchas.
O economista-chefe do FMI disse que é “preocupante” que um país como os Estados Unidos mantenha uma postura fiscal que aumenta constantemente o seu rácio dívida/PIB, com riscos crescentes para a economia interna e global. “A crescente dependência dos EUA no financiamento de curto prazo é também preocupante”, concluiu.