A Cúpula 2024 do Fórum de Coopera??o China-áfrica (FOCAC) produziu resultados concretos, tra?ando um roteiro para a China e a áfrica trabalharem em conjunto para buscar a moderniza??o, o que fortalecerá a coopera??o Sul-Sul e impulsionará o desenvolvimento global.
A cúpula de 4 a 6 de setembro em Beijing é o maior evento diplomático organizado pela China nos últimos anos. Como um dos principais resultados da cúpula, a China anunciou na quinta-feira que avan?ará conjuntamente na moderniza??o com a áfrica, implementando 10 a??es de parceria nos próximos três anos.
As a??es abrangem aprendizagem mútua entre civiliza??es, prosperidade comercial, coopera??o na cadeia industrial, conectividade, coopera??o para o desenvolvimento, saúde, agricultura e meios de subsistência, intercambios culturais e interpessoais, desenvolvimento verde e seguran?a comum. A China prometeu 360 bilh?es de yuans (US$ 51 bilh?es) em apoio financeiro para implementar essas a??es.
Os líderes africanos elogiaram o compromisso da China com o fortalecimento da coopera??o e o aprofundamento de sua amizade com a áfrica na cerim?nia de abertura da cúpula.
"A China tem sido um verdadeiro parceiro em nossa luta contra a pobreza e na busca da prosperidade", disse a presidente da Tanzania, Samia Suluhu Hassan. Ela disse ainda que o compromisso genuíno da China com a áfrica tem sido favorável para alcan?ar os objetivos de desenvolvimento comum.
Na nona conferência ministerial do FOCAC, realizada na véspera da cúpula, o ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, disse que a ascens?o do Sul Global, representado pela China e pela áfrica, está influenciando profundamente o desenvolvimento da sociedade humana e que a cúpula estabelecerá um novo marco para o Sul Global avan?ar em conjunto em dire??o à moderniza??o.
Liu Yuxi, representante especial do governo chinês para assuntos africanos, disse que, desde a sua cria??o em 2000, o FOCAC produziu resultados impressionantes, tornando-se uma bandeira que lidera a coopera??o internacional com a áfrica e aprofunda a coopera??o do Sul Global.
Por meio do FOCAC, a China e a áfrica mantêm confian?a mútua de alto nível, aderem à coopera??o ganha-ganha, se envolvem em intercambios ricos e diversificados e adaptam a coopera??o em vários campos aos tempos em mudan?a, acrescentou Liu.
De acordo com economistas e especialistas, as a??es de parceria se alinham efetivamente com os objetivos de moderniza??o da áfrica.
Por exemplo, para impulsionar o comércio, a China abrirá voluntaria e unilateralmente seu mercado de forma mais ampla. A China também decidiu dar a todos os países menos desenvolvidos que têm rela??es diplomáticas com a China, incluindo 33 países da áfrica, tratamento de taxas alfandegárias zero para 100% dos produtos deles.
Espera-se que a medida facilite muito o fluxo bidirecional de produtos chineses e africanos e ajude a fortalecer a posi??o dos produtos africanos no comércio internacional, disse Li Hongfeng, reitor da Escola de Estudos Africanos da Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing.
Para impulsionar a coopera??o na cadeia industrial, a China promoverá clusters de crescimento da coopera??o industrial com a áfrica, impulsionará a Zona-Piloto para a Coopera??o Econ?mica e Comercial Profunda China-áfrica e lan?ará um "programa de empoderamento das pequenas e médias empresas africanas".
Para promover a conectividade, a China está preparada para realizar 30 projetos de conectividade de infraestrutura na áfrica e promover a coopera??o de alta qualidade do Cintur?o e Rota.
Li disse que, nos últimos anos, a China e a áfrica aprofundaram sua coopera??o em setores tradicionais, incluindo infraestrutura, agricultura, capacita??o, cultivo de talentos e transferência de tecnologia. Ao mesmo tempo, a coopera??o também se expandiu para áreas voltadas para o futuro, como economia verde e economia digital.
"Olhando para o futuro, acredito que a coopera??o econ?mica e comercial China-áfrica continuará a atingir novos patamares ao lado da industrializa??o da áfrica", disse Li.
Mwangi Wachira, ex-economista do Banco Mundial e conselheiro do governo queniano, disse que a falta de portos modernos, infraestrutura de energia e rodovias nacionais e transfronteiri?as tem dificultado a moderniza??o da áfrica. No entanto, com projetos de infraestrutura impulsionados pelo FOCAC e o foco de longa data da China no desenvolvimento, a áfrica está agora melhor posicionada para alcan?ar seu potencial de industrializa??o, observou ele.