Em uma reuni?o de alto nível do BRICS sobre assuntos de seguran?a, Beijing emitiu uma proposta de quatro pontos, instando os ?colegas a praticar a coexistência pacífica, construir sobre o multilateralismo, pressionar por uma solu??o política de crises e defender a justi?a.
Wang Yi, membro do Bir? Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e diretor do Escritório da Comiss?o de Rela??es Exteriores do Comitê Central do PCCh, levantou a proposta em nome da China em S?o Petersburgo, Rússia, na quarta-feira (11).
Ele estava participando da 14a Reuni?o de Altos Funcionários do BRICS responsáveis ??por assuntos de seguran?a/Conselheiros de Seguran?a Nacional.
Wang foi acompanhado na reuni?o por representantes de países que v?o da Rússia, Brasil, índia e áfrica do Sul ao Egito, Emirados árabes Unidos, Ir? e Etiópia.
Observadores notaram que a reuni?o na quarta-feira foi a primeira do tipo após a recente expans?o do BRICS, mostrando a busca generalizada dos países do Sul Global por paz, unidade e autossuficiência na formula??o de políticas.
Os países devem romper com o excepcionalismo e os padr?es duplos e "rejeitar resolutamente quaisquer palavras ou a??es que coloquem em risco a autoridade da ONU ou neguem a for?a vinculativa das resolu??es do Conselho de Seguran?a (da ONU)", disse Wang.
Ele mencionou a próxima Cúpula do Futuro das Na??es Unidas, programada para 22 e 23 de setembro.
A China pediu aos outros estados-membros que aproveitem a cúpula como uma oportunidade de trabalhar juntos para defender o sistema internacional com a ONU em seu núcleo e "apoiar a ONU a desempenhar um papel maior nos assuntos de seguran?a internacional", disse ele.
Em rela??o à solu??o política de quest?es críticas, ele afirmou que os países devem "respeitar as preocupa??es legítimas uns dos outros, buscar um ponto em comum enquanto arquivam as diferen?as durante os diálogos e se aproximarem nas negocia??es".
Em rela??o ao conflito Palestina-Israel, Wang enfatizou a necessidade de um cessar-fogo o mais rápido possível e pediu a abertura de canais humanitários e o retorno em breve ao caminho certo da solu??o de dois estados.
Em resposta ao persistente transbordamento da crise da Ucrania, China e Brasil emitiram conjuntamente um consenso de seis pontos sobre uma solu??o política para a crise.
Beijing "acolhe o apoio e a participa??o de mais parceiros do BRICS" para aumentar vozes racionais, equilibradas e construtivas na comunidade internacional, disse Wang.
Analistas disseram que o BRICS é agora uma plataforma essencial para promover a multipolaridade e o multilateralismo no mundo, dado o fato de que o unilateralismo e o protecionismo s?o desenfreados e os conflitos geopolíticos se intensificaram.
Wang Yiwei, professor da Escola de Estudos Internacionais da Universidade Renmin da China e diretor do Instituto de Rela??es Internacionais da universidade, disse: "Após sua expans?o mais recente, a associa??o do BRICS agora se estende pela ásia, áfrica e América Latina, o que sinaliza a ascens?o do Sul Global."
Em rela??o à coopera??o em contraterrorismo e seguran?a cibernética, Beijing anunciou na reuni?o de quarta-feira que está convidando autoridades antiterrorismo dos países do BRICS para visitar a Regi?o Aut?noma Uigur de Xinjiang novamente.
A China "apoia as negocia??es para assinar um memorando de entendimento sobre a coopera??o em seguran?a cibernética do BRICS", disse Wang Yi.
Beijing espera que os países membros unam mais na??es em esfor?os de contraterrorismo e seguran?a cibernética, compartilhem experiências e práticas, forne?am suporte para capacita??o e fortale?am ainda mais a posi??o e as a??es comuns do Sul Global, disse Wang.
Antes da reuni?o, ele se encontrou com o Secretário do Conselho de Seguran?a da Federa??o Russa Sergei Shoigu em S?o Petersburgo na ter?a-feira (10).
Os dois países trocaram apoio para a presidência rotativa de grupos multilaterais um do outro. A Rússia agora atua como presidente do BRICS, enquanto a China detém a presidência da Organiza??o de Coopera??o de Shanghai.
Ambos os lados disseram que "continuar?o a defender e praticar o multilateralismo genuíno", disse o Ministério das Rela??es Exteriores da China numa declara??o na quarta-feira.
As duas na??es também trocaram opini?es sobre a crise na Ucrania.
Shoigu informou Wang Yi sobre a posi??o de Moscou e saudou o consenso de seis pontos proposto em conjunto pela China e pelo Brasil para a solu??o política da crise, dizendo que a Rússia está satisfeita em ver que o consenso foi amplamente endossado pela comunidade internacional.
Wang disse que Beijing "obterá mais consenso internacional e reunirá as condi??es necessárias" para um cessar-fogo rápido e uma solu??o política para a crise.