Cientistas políticos e jornalistas de Taiwan alertaram a ilha para que n?o se alinhe à mentalidade de confronto de Washington e evite se tornar uma ferramenta de manobra da hegemonia dos EUA.

Em sua busca pelo controle global e para manter sua hegemonia, os Estados Unidos se envolvem em guerras e acumulam dívidas enormes, ignorando as quest?es internas, o que resultou em graves conflitos internos, uma crescente diferen?a de riqueza e uma polariza??o política cada vez maior, disse Kuan Chung, fundador da Funda??o Democracia, com sede em Taiwan, em um seminário realizado em Taipei no sábado.

"Os EUA desrespeitam outras na??es, n?o reconhecem as mudan?as globais e n?o entendem seu próprio papel", disse Kuan.

No mesmo seminário, Chen Chi-an, professor assistente adjunto do Departamento de Ciência Política da Universidade de Taiwan, disse que o hegemonismo dos EUA baseia-se em metas irreais e exagerou as amea?as que enfrenta. Como resultado, o país gasta recursos excessivos na busca dessas metas para alcan?ar pouco, prejudicando seus próprios interesses nacionais.

"A liberdade e a democracia há muito tempo se tornaram meros slogans na política externa dos EUA, já que suas a??es hegem?nicas servem apenas aos cálculos de busca de poder das elites políticas", disse ele.

Chang Chun-kai, editor sênior da The Storm Media, sediada em Taiwan, destacou que as autoridades de Taiwan infelizmente seguiram os Estados Unidos na ado??o da teoria falaciosa do jogo de soma zero, resultando na chamada narrativa "resistir à China para proteger Taiwan".

Se isso continuar, Taiwan correrá o risco de perder a oportunidade de superar as diferen?as, resolver conflitos e buscar um novo desenvolvimento, disse Chang.

Ting Shou-chung, presidente da Funda??o da Ponte através do Estreito, sediada em Taiwan, concordou com essas preocupa??es, observando que as guerras por procura??o s?o uma ferramenta comum do hegemonismo dos EUA e que Taiwan deve ser extremamente cauteloso para evitar se tornar o ponto de igni??o de um conflito desse tipo.

"Os dois lados do Estreito de Taiwan fazem parte da mesma na??o. N?o nutrimos ódio profundo um pelo outro; devemos nos sentar e ter discuss?es sérias", disse Kuan. "A reunifica??o pacífica pode ser um processo longo, mas enquanto a paz se mantiver através do Estreito, Taiwan terá seguran?a e estabilidade, e ambos os lados ser?o beneficiados."