A arrecada??o do governo brasileiro em agosto cresceu 11,95% em rela??o ao mesmo mês do ano anterior e atingiu o recorde de 201,6 bilh?es de reais (US$ 37,16 bilh?es), o maior valor registrado para o mês, informou nesta quinta-feira a Receita Federal.
Com o resultado de agosto, a arrecada??o federal no Brasil somou 1,7 trilh?o de reais (US$ 313 bilh?es) nos primeiros oito meses do ano, 9,47% a mais que no mesmo período do ano passado e recorde para o período.
Segundo a Secretaria da Receita Federal, a arrecada??o recorde em 2024 se deve principalmente a diversos fatores, como o aumento real de 19,34% na arrecada??o do Programa de Integra??o Social (PIS) e da Contribui??o para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); crescimento real de 17,99% no Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas (IRPF) e o comportamento das variáveis macroecon?micas, que refletem o crescimento da economia.
Em rela??o às variáveis macroecon?micas, o aumento da arrecada??o de impostos reflete o crescimento da economia brasileira em 2024. No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,4% no segundo trimestre, melhorando as previs?es do Governo e do mercado financeiro.
Apesar das receitas recordes, o governo enfrenta dificuldades para cumprir a meta fiscal para 2024. A Lei de Diretrizes Or?amentárias deste ano estabelece que a Administra??o Central (composta pelo Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central) deve registrar um déficit primário zero, com uma margem de tolerancia de 28,8 bilh?es de reais (US$ 5,3 bilh?es) para mais ou para menos.
O resultado primário representa o saldo positivo ou negativo das contas do governo sem juros da dívida pública. Para atingir a meta básica de resultado primário zero, o governo precisa de mais 168 bilh?es de reais (US$ 31 bilh?es) este ano.