O Senado brasileiro aprovou nesta ter?a-feira o nome do economista Gabriel Galípolo, 42 anos, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para presidir a autoridade monetária no período 2025-2029.
O indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, cujo mandato termina em dezembro, recebeu 66 votos a favor, 5 contra e n?o houve absten??es.
Antes da vota??o no plenário, o nome de Galípolo havia sido aprovado por unanimidade na Comiss?o de Assuntos Econ?micos do Senado após ser sabatinado.
Durante a audiência perante a Comiss?o esta manh?, Galípolo garantiu que o presidente Lula da Silva lhe deu garantias de que terá plena liberdade para ditar os rumos da política monetária, principal responsabilidade do Banco Central, durante a sua gest?o.
A legisla??o garante ao Banco Central autonomia em rela??o ao governo, estabelecendo mandatos para os diretores e para o presidente da institui??o, que n?o coincidem com o mandato do Presidente da República, embora seja ele o responsável pelas nomea??es.
Em depoimento aos senadores, Galípolo disse que Lula foi "enfático" sobre sua autonomia à frente da institui??o em todas as ocasi?es em que se reuniu com o presidente.
"Todas as vezes que tive a oportunidade de me reunir com o presidente Lula, ouvi de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decis?es e que o desempenho da fun??o deve ser pautado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro, e deveria ser apenas no interesse do bem-estar de cada brasileiro", afirmou.
Gabriel Galípolo atuou na campanha de Lula à Presidência da República e na equipe de transi??o de governo. No ano passado, foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda, a fun??o mais importante da pasta depois da de ministro antes de ser indicado e aprovado para o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central.
Foi presidente do Banco Fator entre 2017 e 2021, e se aproximou do governista Partido dos Trabalhadores (PT) em 2021.