Um apoiador do Partido Republicano comparece a uma festa de observa??o eleitoral em Fort Lauderdale, Flórida, Estados Unidos, em 6 de novembro de 2024. (Foto: Wu Xiaoling/Xinhua)
Vários dos principais veículos de mídia dos EUA noticiaram na quarta-feira (6) que o candidato presidencial republicano Donald Trump obteve votos suficientes no Colégio Eleitoral para vencer a presidência, gerando preocupa??es públicas.
No início do dia, Trump subiu ao palco no Centro de Conven??es do Condado de West Palm Beach, no estado americano da Flórida, para falar com apoiadores e declarar vitória.
Na elei??o presidencial dos EUA, o candidato que receber mais da metade dos 538 votos eleitorais vence a presidência. Sua oponente democrata, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, n?o falou na noite da elei??o na Universidade Howard, em Washington D.C.
Juntamente com a corrida presidencial, vários meios de comunica??o dos EUA projetaram que o Partido Republicano retomaria o controle do Senado dos EUA após tirar duas cadeiras do Partido Democrata.
A única quest?o n?o resolvida é a Camara, tornando a luta pela camara baixa a oportunidade final dos democratas de manter uma posi??o de poder em Washington e resistir a um segundo governo Trump, relatou o Hill.
O presidente francês Emmanuel Macron parabenizou Trump na quarta-feira, escrevendo na plataforma de mídia social X: "Prontos para trabalhar juntos como fizemos por quatro anos. Com suas e minhas convic??es. Com respeito e ambi??o. Por mais paz e prosperidade".
Em uma declara??o divulgada por seu gabinete e publicada no X, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu saudou o retorno de Trump como um "novo come?o para a América" ??e enfatizou um compromisso renovado com a alian?a EUA-Israel, chamando-a de uma "grande vitória" para ambas as na??es.
O Ministério das Rela??es Exteriores da Rússia disse na quarta-feira que Moscou n?o tem ilus?es sobre Donald Trump, que declarou vitória na elei??o presidencial dos EUA em 2024, enquanto a elite governante de Washington continua a manter uma agenda antirrussa.
Pessoas assistem a uma transmiss?o ao vivo dos resultados da pesquisa de boca de urna para a elei??o presidencial dos EUA em 2024 na Times Square em Nova York, Estados Unidos, em 5 de novembro de 2024. (Foto: Li Rui/Xinhua)
"A Rússia trabalhará com a nova administra??o...defendendo firmemente os interesses nacionais russos e se concentrando em atingir todos os objetivos da opera??o militar especial", acrescentou.
A elei??o, amplamente considerada uma das mais divisivas da história americana, causou profunda preocupa??o entre os eleitores. De acordo com uma pesquisa anual conduzida pela Associa??o Americana de Psicologia, 77% dos adultos dos EUA disseram que o futuro da na??o era uma fonte significativa de estresse em suas vidas. Além disso, 74% disseram estar preocupados que os resultados da elei??o pudessem levar à violência.
"Os EUA est?o agora mais divididos em termos de linhas ideológicas e políticas do que em qualquer outro momento desde a década de 1850", afirmou Bruce Stokes, um membro associado da Chatham House. "Os amigos e aliados da América precisam entender que os Estados Unidos se tornaram Estados Desunidos. Existem efetivamente duas Américas — e elas est?o em guerra".
Também se tornou uma das campanhas mais contenciosas e custosas da história dos EUA. De acordo com a OpenSecrets, os gastos políticos em campanhas de grandes partidos, comitês de a??o política (PACs) relacionados e outros grupos devem atingir um recorde de 15,9 bilh?es de dólares americanos, com profundo envolvimento de bilionários americanos.
Depois de décadas se mantendo fora da política, Bill Gates doou recentemente cerca de 50 milh?es de dólares para uma organiza??o sem fins lucrativos que apoia a campanha presidencial de Harris. Enquanto isso, Elon Musk, o homem mais rico do mundo, doou mais de 75 milh?es de dólares para seu super PAC pró-Trump.
Apesar do enorme desembolso financeiro, os eleitores parecem cada vez mais desiludidos com as institui??es e o cenário político de sua na??o. Uma pesquisa do New York Times/Siena College revelou que quase metade dos eleitores americanos duvida da eficácia da democracia dos EUA, com 45% acreditando que ela n?o representa as pessoas comuns.
Três quartos dos eleitores acreditam que a democracia está amea?ada, e mais da metade sente que o governo atende principalmente aos interesses da elite, refor?ando preocupa??es sobre corrup??o e disfun??o profunda. Notavelmente, 58% dos eleitores consideram que o sistema político precisa de uma grande reforma ou uma revis?o completa, de acordo com a pesquisa.
"Quando acabar, n?o importa quem ven?a, estaremos mais divididos, com nossa frágil democracia e a unidade do nosso país em maior risco", disse James Zogby, presidente do Arab American Institute, sediado em Washington.