Moradores se reúnem em uma rua em Damasco, Síria, 8 de dezembro de 2024. (Foto: Ammar Safarjalani/Xinhua)
For?as armadas da oposi??o tomaram o controle total de Damasco no domingo, encerrando mais de cinco décadas de governo da família Assad.
A rápida queda do governo do presidente Bashar al-Assad ocorreu após uma intensa ofensiva rebelde que durou menos de duas semanas. A campanha culminou no anúncio da oposi??o de que Assad havia fugido da capital e renunciado ao poder.
Mais tarde, no próprio dia, a mídia estatal russa anunciou que Assad havia desembarcado em Moscou e recebido asilo junto com sua família.
O Ministério das Rela??es Exteriores da Rússia emitiu uma declara??o dizendo que Assad havia "decidido deixar o posto presidencial e deixado o país, dando instru??es para transferir o poder pacificamente".
O presidente sírio Bashar al-Assad participa da Cúpula árabe e Islamica Extraordinária em Riad, Arábia Saudita, 11 de novembro de 2024. (SPA via Xinhua)
Na Síria, o chefe do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammad Al-Jolani, liderando o ataque relampago, disse que Mohammad Ghazi Al-Jallali, nomeado primeiro-ministro por al-Assad em setembro, supervisionaria temporariamente as institui??es públicas.
Al-Jolani instruiu as for?as da oposi??o em Damasco a se absterem de se aproximar de institui??es públicas e proibiu tiros comemorativos.
Al-Jallali, o primeiro-ministro, também pediu aos sírios que protegessem as instala??es públicas, dizendo que elas pertenciam a todos os cidad?os. "Estendemos nossas m?os a cada cidad?o sírio comprometido em proteger os recursos do país", disse Al-Jallali em um discurso televisionado. "A Síria pertence a todos os sírios, e pe?o a todos que pensem racionalmente sobre os melhores interesses da na??o".
Vista da cidade de Damasco, Síria, 8 de dezembro de 2024. (Foto de Monsef Memari/Xinhua)
No entanto, multid?es de pessoas invadiram a casa de Assad e dois palácios presidenciais, em meio a casos registrados de saques. Armas abandonadas deixadas por soldados sírios foram levadas por jovens. A embaixada iraniana em Damasco também foi invadida por militantes armados.
O comando militar da oposi??o imp?s um toque de recolher a partir da tarde até o dia seguinte, enquanto emitia avisos e amea?ava penas de pris?o contra saqueadores e aqueles que atirassem para o ar.
Em meio à revolta, Israel levou a cabo vários ataques aéreos sem precedentes, atingindo antigos locais de seguran?a e militares sírios em Damasco e Quneitra, repetidamente, em um único dia, de acordo com relatos locais.
Alguns desses ataques tiveram como alvo posi??es e instala??es abandonadas do exército, anteriormente associadas à extinta Quarta Divis?o, perto de Damasco. For?as terrestres israelenses também teriam avan?ado para partes de Jabal al-Sheikh, assumindo antigos postos de vigilancia sem oposi??o.
Enquanto isso, a Coaliz?o Nacional Síria, uma alian?a de grupos de oposi??o formada no exílio, após a revolta de 2011 contra Assad, prometeu no domingo continuar trabalhando na transferência de autoridade para um corpo de governo de transi??o com plenos poderes executivos, com o objetivo de inaugurar uma Síria livre, democrática e pluralista.