A ascens?o coletiva dos países em desenvolvimento continua a ganhar impulso, com o Sul Global desempenhando um papel cada vez mais importante na reformula??o da governan?a e influenciando os assuntos internacionais, disseram especialistas.
Eles fizeram essas observa??es em um simpósio realizado recentemente em Beijing, para o lan?amento do Relatório da Academia Chinesa de Ciências Sociais sobre a Situa??o Internacional de 2025, compilado pela Divis?o Acadêmica de Estudos Internacionais da Academia Chinesa de Ciências Sociais (ACCS).
O relatório analisa o cenário econ?mico e político global de 2024, abrangendo as principais regi?es e grandes potências, e analisa as tendências para 2025. Segundo o documento, no ano passado, a economia global continuou sua lenta recupera??o, enquanto os conflitos geopolíticos se tornaram mais complicados e a governan?a global enfrentou dificuldades.
Para 2025, o relatório prevê novas tendências globais emergentes de vários fatores. O relatório apontou que o retorno de Donald Trump à Casa Branca provavelmente aumentará as tens?es entre os EUA e a Europa em termos de seguran?a, política, economia e governan?a global, prejudicando as rela??es transatlanticas. Na ásia-Pacífico, o relatório observou a tendência de digitaliza??o econ?mica, enquanto a seguran?a regional está em uma encruzilhada e as perspectivas de coopera??o s?o incertas.
Wang Lei, vice-diretor do Instituto de Economia e Política Mundial da CASS, observou que, em 2024, os desafios globais se tornaram mais difíceis devido à escassez de bens públicos internacionais e a um crescente déficit de governan?a. "A abordagem da China para a governan?a global - focada em consulta, colabora??o e benefícios compartilhados - está ganhando for?a em todo o mundo", disse ele.
Wang destacou que em 2025, países como a China, o Brasil e a áfrica do Sul presidir?o organiza??es como a Organiza??o de Coopera??o de Shanghai, o BRICS e o G20. Essas na??es do Sul Global est?o se tornando os principais impulsionadores da reforma na governan?a global, acrescentou.
Wang Lincong, vice-diretor geral do Instituto de Estudos da ásia Ocidental e da áfrica, ACCS, apontou para um impulso semelhante nas regi?es da ásia Ocidental e da áfrica.
"Como parte do Sul Global, a ásia Ocidental e a áfrica est?o coletivamente em ascens?o, por meio do envolvimento ativo em assuntos globais e da busca de uma política externa diversificada. No cenário global, a inclus?o de alguns países da ásia Ocidental e da áfrica no BRICS e seus papéis na Organiza??o de Coopera??o de Shanghai contribuem para ajustar o cenário global e a geopolítica, promovendo uma ordem econ?mica e política internacional justa e razoável."
Com a crescente consciência de sua autonomia estratégica, a influência estratégica dos países da ásia Ocidental e da áfrica está crescendo constantemente, acrescentou Wang.