O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou em conversa telef?nica com a presidente da Comiss?o Europeia, Ursula von der Leyen, na ter?a-feira (8), que a China está pronta para trabalhar com a Europa para promover o desenvolvimento sólido e estável das rela??es China-UE.

Li afirmou que as rela??es China-UE est?o apresentando um ritmo de crescimento constante. Este ano marca o 50o aniversário das rela??es diplomáticas entre a China e a UE, e o desenvolvimento das rela??es bilaterais enfrenta oportunidades importantes, afirmou.

Li observou que o presidente chinês, Xi Jinping, teve uma conversa telef?nica com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, no início deste ano, que define o tom e tra?a o caminho para o aprofundamento das rela??es China-UE.

China e UE s?o os parceiros comerciais mais importantes um do outro, afirmou ele, acrescentando que suas economias s?o altamente complementares e seus interesses est?o intimamente interligados.

Li enfatizou que a China está disposta a trabalhar com a UE para manter trocas sólidas e suaves de alto nível, aumentar a confian?a política mútua, expandir a coopera??o prática e resolver as preocupa??es de cada um por meio do diálogo e da consulta.

Os dois lados devem promover a realiza??o de novos diálogos de alto nível China-UE nos campos estratégico, econ?mico e comercial, verde e digital o mais rápido possível, observou ele.

Li destacou que os Estados Unidos anunciaram recentemente tarifas indiscriminadas sobre todos os seus parceiros comerciais, incluindo a China e a UE, sob vários pretextos, o que é um caso típico de unilateralismo, protecionismo e intimida??o econ?mica.

As medidas resolutas tomadas pela China n?o s?o apenas para salvaguardar sua própria soberania, seguran?a e interesses de desenvolvimento, mas também para defender as regras do comércio internacional e a justi?a e equidade internacionais, explicou Li, observando que todos os seres humanos vivem na mesma aldeia global e nenhum país pode prosperar isoladamente.

O protecionismo n?o leva a lugar nenhum, e apenas a abertura e a coopera??o representam o caminho certo para a humanidade, acrescentou Li.

China e UE, como fortes defensores da globaliza??o econ?mica e liberaliza??o comercial, bem como defensores e apoiadores ferrenhos da Organiza??o Mundial do Comércio (OMC), devem melhorar a comunica??o e a coordena??o, expandir a abertura mútua, salvaguardar conjuntamente o comércio e o investimento livres e abertos, e manter a opera??o estável e tranquila das cadeias industriais e de suprimentos globais, injetando mais estabilidade e certeza em ambos os lados e na economia mundial, ponderou Li.

A política macro da China neste ano levou em conta várias incertezas e tem reserva suficiente de ferramentas políticas para se proteger contra impactos externos adversos, afirmou Li, destacando que a China está totalmente confiante em manter um desenvolvimento econ?mico sustentável e saudável.

A China continuará a expandir inabalavelmente a abertura, fortalecer a coopera??o e compartilhar oportunidades de desenvolvimento com os países da UE e outros países do mundo, disse ele.

Observando que a UE sempre atribui grande importancia às suas rela??es com a China, von der Leyen acredita que é crucial que as rela??es UE-China mantenham a continuidade e a estabilidade nas circunstancias atuais.

O lado europeu espera realizar uma nova reuni?o de líderes UE-China num momento oportuno para rever o passado, olhar para o futuro e celebrar em conjunto o 50o aniversário das rela??es diplomáticas UE-China, disse ela.

O lado europeu está disposto a promover um diálogo de alto nível com a China em vários setores e aprofundar a coopera??o mutuamente benéfica em setores como economia, comércio, economia verde e mudan?as climáticas, acrescentou von der Leyen.

Ela observou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos impactaram severamente o comércio internacional, causando um sério impacto na Europa, China e países vulneráveis.

A UE e a China est?o comprometidas em defender o sistema de comércio multilateral justo e livre com a OMC em seu núcleo e salvaguardar o desenvolvimento sólido e estável das rela??es econ?micas e comerciais globais, que atendem aos interesses comuns de ambos os lados e do mundo em geral, observou von der Leyen.