O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pediu na quarta-feira que os países da América Latina e do Caribe se unam contra "tarifas arbitrárias", pedindo seus pares que aumentem o comércio entre as na??es da regi?o contra guerras comerciais.
"Tarifas arbitrárias desestabilizam a economia internacional e elevam os pre?os. A história nos ensina que guerras comerciais n?o têm vencedores", disse Lula em uma referência ao "tarifa?o" decretado pelo presidente dos Estados Unidos, ao discursar na abertura da IX Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Tegucigalpa, Honduras.
De acordo com nota divulgada pela presidência brasileira, Lula disse que os países da América Latina e do Caribe "enfrentam atualmente um dos momentos mais críticos de sua história" porque a autonomia da regi?o "está novamente em cheque e tentativas de restaurar antigas hegemonias pairam sobre nossa regi?o".
O presidente brasileiro pediu aos líderes da regi?o que deixem de lado diferen?as para reavivar o espírito para o qual a CELAC e outros mecanismos de integra??o foram criados.
"Se seguirmos separados, a comunidade latino-americana e caribenha corre o risco de regressar à condi??o de zona de influência em uma nova divis?o do globo entre superpotências", afirmou. "O momento exige que deixemos as diferen?as de lado", destacou.
Segundo o presidente brasileiro, "é imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam seu lugar na nova ordem global que se descortina. Nossa inser??o internacional n?o deve se orientar apenas por interesses defensivos", mas por uma agenda de desenvolvimento econ?mico e social.