Zhongsheng, Diário do Povo
Uma reuni?o de alto nível sobre economia e comércio entre China e Estados Unidos está prestes a ocorrer na Suí?a. O encontro foi solicitado pela parte americana. A posi??o da China é consistente: seja em confronto ou em diálogo, a determina??o da China em defender seus próprios interesses de desenvolvimento n?o mudará, assim como sua posi??o e objetivo de salvaguardar a justi?a internacional e a ordem do comércio global.
Recentemente, as autoridades dos EUA têm sinalizado publicamente possíveis ajustes nas tarifas e, por diversos canais, expressaram à China o desejo de retomar o diálogo sobre essas quest?es. Após considerar cuidadosamente as expectativas globais, os interesses chineses, e os apelos de setores empresariais e consumidores americanos, a China decidiu aceitar o contato com os EUA, demonstrando sua postura de responsabilidade.
A China está aberta ao diálogo, mas este deve ocorrer com base no respeito mútuo e de forma igualitária. Caso contrário, o país está pronto para enfrentar o embate até o fim. Press?es, amea?as e chantagens n?o s?o formas adequadas de lidar com a China. Se os EUA desejam, com sinceridade, resolver os problemas por meio de negocia??es, devem agir com credibilidade e transformar suas declara??es em ajustes concretos de política, promovendo um diálogo pragmático com a China.
A China e os Estados Unidos juntos representam mais de um ter?o da economia mundial e cerca de um quarto da popula??o global. O comércio bilateral responde por cerca de um quinto do comércio mundial. A essência da rela??o econ?mica e comercial entre China e os EUA é de benefício mútuo. As medidas unilaterais de tarifas adotadas pela nova administra??o americana s?o ilegais, irracionais e prejudicaram seriamente a rela??o comercial sino-americana, além de lan?ar o caos na ordem econ?mica e comercial global, colocando em risco a recupera??o da economia mundial.
Para defender seus direitos legítimos e a justi?a internacional, a China respondeu com firmeza às tarifas abusivas impostas pelos EUA. Essas tarifas também prejudicam gravemente as empresas e consumidores americanos, cujos efeitos negativos já come?am a aparecer.
Diversos setores nos EUA criticam essas medidas unilaterais, argumentando que n?o resolvem os problemas internos, aumentam a infla??o, enfraquecem a base industrial e elevam o risco de recess?o. O setor empresarial americano tem reiterado pedidos para a revoga??o dessas tarifas - vozes racionais que devem ser ouvidas.
A imposi??o cega de tarifas contra a China e a insistência em press?es extremas demonstram que os EUA erraram nos seus cálculos. Os avan?os da China s?o fruto do esfor?o do povo chinês, e n?o de concess?es externas. A China tem plena confian?a para resistir até o fim.
Em 2024, o valor total das importa??es e exporta??es chinesas superou 43 trilh?es de yuans. Os parceiros comerciais da China s?o mais diversificados e a dependência dos EUA continua diminuindo — as exporta??es para os EUA caíram de 19,2% do total em 2018 para 14,7% em 2024.
Independentemente das mudan?as no cenário internacional, a China continuará focada em fazer adequadamente o seu próprio trabalho, mantendo-se firme na amplia??o da abertura, na defesa do sistema multilateral de comércio com a OMC no centro, e na disposi??o de compartilhar suas oportunidades de desenvolvimento com o mundo.
O desenvolvimento saudável das rela??es comerciais sino-americanas exige que ambas as partes avancem na mesma dire??o. O povo chinês valoriza a harmonia e a credibilidade. Porém, “harmonia” n?o significa concess?o sem princípios, e “credibilidade” n?o significa tolerancia com trai??es.
A China acredita que qualquer diálogo ou negocia??o deve se basear no respeito mútuo, consulta em pé de igualdade e benefícios recíprocos. Se os EUA querem resolver os problemas por meio do diálogo, precisam reconhecer os impactos negativos das tarifas unilaterais, respeitar as regras do comércio internacional, a justi?a e as vozes racionais de diversos setores, mostrando sinceridade e corrigindo seus erros.
Se disserem uma coisa e fizerem outra, ou tentarem usar o diálogo como fachada para continuar com amea?as e chantagens, a China n?o aceitará — e muito menos sacrificará seus princípios ou a justi?a internacional para assinar qualquer acordo.
A história e a realidade têm mostrado repetidamente que a coopera??o entre a China e os EUA é benéfica para ambos, enquanto o confronto prejudica os dois lados. Os EUA devem adotar os princípios de respeito mútuo, convivência pacífica e coopera??o ganha-ganha, buscando, por meio do diálogo em pé de igualdade, resolver as preocupa??es mútuas com a China, promovendo o desenvolvimento saudável, estável e sustentável das rela??es econ?micas e comerciais bilaterais, injetando mais previsibilidade na economia global.