Por Meng Fanzhe, Diário do Povo

A meia maratona de rob?s humanoides de Beijing marcou a primeira vez no mundo em que participantes robóticos e humanos correram no mesmo percurso em pistas separadas, em 19 de abril de 2025. (Foto: Feng Junshan/Diário do Povo Online)

Recentemente, Beijing sediou a primeira meia maratona de rob?s humanoides do mundo, onde 20 rob?s humanoides competiram lado a lado com atletas humanos, atraindo a aten??o global.

Este evento marcou um teste de estresse extremo para a robótica humanoide chinesa. Ao longo do percurso de 21 quil?metros, cada rob? executou aproximadamente 250.000 movimentos articulares, revelando insights cruciais sobre eficiência energética, gerenciamento térmico e algoritmos de movimento. Embora muitos rob?s tenham demonstrado imperfei??es nos movimentos, esses desafios, expostos à corrida, servir?o como plataformas de lan?amento para o refinamento tecnológico.

Em uma escala mais ampla, os rob?s humanoides, representando a convergência da inteligência artificial e da robótica avan?ada, enfrentam uma maratona muito mais significativa: adaptar-se às necessidades da sociedade e contribuir para a civiliza??o humana.

Aplica??es emergentes já sugerem potencial transformador. O rob? Navigator 2.0, desenvolvido pelo centro de inova??o em rob?s humanoides de Zhejiang, demonstra capacidades de conversa??o e manipula??o de objetos. Em ambientes industriais, rob?s humanoides est?o sendo integrados aos fluxos de trabalho como aprendizes. Essas primeiras implementa??es indicam o potencial de impacto transformador em vários domínios da produtividade. Embora seja uma empresa tardia nesse campo, a China possui vantagens distintas para a lideran?a.

Tais vantagens decorrem do sistema industrial completo do país asiático.

Rob?s competem numa partida de futebol durante os Jogos de Rob?s de Inteligência Corpórea de 2025, realizados em Wuxi, província de Jiangsu, no leste da China, em 25 de abril de 2025. (Foto: Pan Zhengguang/Diário do Povo Online)

Um rob? é composto por mais de 100 componentes, e a abrangente cadeia de fabrica??o da China permite uma coordena??o eficiente entre pesquisa, desenvolvimento e produ??o. A China detém mais de 190.000 patentes ativas em robótica, representando cerca de dois ter?os do total global, e abriga um ter?o das 100 maiores empresas de robótica humanoide do mundo. A inova??o colaborativa entre institutos de pesquisa, startups de tecnologia e gigantes da manufatura promove avan?os tecnológicos e diversos caminhos de desenvolvimento.

Um enorme conjunto de talentos também proporciona um impulso sustentado para o avan?o.

Com mais de um ter?o das áreas STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) globais, o país mantém uma sólida base de engenharia capaz de lidar com gargalos técnicos e, ao mesmo tempo, aprimorar a eficiência de custos. O alinhamento estratégico das cadeias industriais e de inova??o cria um impulso sinérgico para a comercializa??o.

O mercado doméstico também atua como um importante motor de crescimento.

O mercado chinês de rob?s humanoides deverá atingir 5,3 bilh?es de yuans (US$ 738,1 milh?es) este ano, com crescimento anual dobrado. Cenários complexos do mundo real, desde linhas de montagem e guias de museus até assistência domiciliar e solu??o de problemas na rede elétrica, est?o promovendo um rápido amadurecimento tecnológico. à medida que a tecnologia avan?a e os custos diminuem, essas máquinas prometem desbloquear um potencial econ?mico sem precedentes.

Uma mulher tira selfie com um rob? humanoide em uma miss?o de patrulha em Mianyang, província de Sichuan, sudoeste da China, em 27 de abril de 2025. (Foto: Tang Chao/Diário do Povo Online)

O avan?o da inteligência corpórea, particularmente da robótica humanoide, requer a??es coordenadas entre o governo e a indústria. Beijing, Shanghai e Shenzhen implementaram políticas industriais direcionadas. Orienta??es políticas aprimoradas, colabora??o intersetorial e aplica??es expandidas da robótica fortalecer?o as capacidades de inova??o e os ecossistemas de produtos da China.

Há mais de 80 anos, o escritor de fic??o científica Isaac Asimov prop?s as "Três Leis da Robótica": um rob? n?o pode ferir um ser humano, deve obedecer às ordens dadas por seres humanos, exceto quando tais ordens conflitarem com a Primeira Lei, e deve proteger sua própria existência, desde que tal prote??o n?o entre em conflito com a Primeira ou a Segunda Lei.

à medida que a tecnologia continua a inovar e se desenvolver, cenários de fic??o científica se tornam cada vez mais realidade, e a compreens?o pública sobre rob?s humanoides continua se aprofundando. Ao criar rob?s humanoides mais inteligentes e expandir o espa?o ético para a coexistência entre humanos e máquinas, a humanidade certamente caminhará rumo a um futuro mais brilhante nesta maratona contínua de "humanos-rob?s".