Um recém-nascido é fotografado com a m?e e a irm? num hospital em Wuxi, província de Jiangsu, no leste da China, em 10 de fevereiro de 2024. [Foto: Xinhua]
A China planeja expandir o acesso ao alívio da dor durante o trabalho de parto e o parto como parte dos esfor?os para construir uma sociedade favorável ao parto, informaram autoridades de saúde na quinta-feira (5).
Até o final deste ano, todos os hospitais terciários que oferecem servi?os obstétricos na China ser?o capazes de administrar anestesia epidural durante o parto e, até 2027, todos os hospitais secundários poder?o fornecer os servi?os, de acordo com um comunicado divulgado pela Comiss?o Nacional de Saúde (CNS) e pelas principais autoridades de medicina tradicional chinesa e controle de doen?as do país asiático.
Ser?o realizados esfor?os para fortalecer a infraestrutura necessária para administrar o alívio do parto epidural, como a cria??o de uma sala de procedimentos dedicada que atenda aos rigorosos padr?es de esteriliza??o e o monitoramento constante de infec??es hospitalares.
Também é considerado importante garantir o fornecimento de equipamentos e medicamentos, além de aprimorar o treinamento de pessoal especializado.
"A coopera??o e a coordena??o entre os departamentos de obstetrícia e anestesia devem ser fortalecidas... incluindo a promo??o do compartilhamento de informa??es entre eles, a fim de monitorar de perto a condi??o das mulheres em trabalho de parto", disse o aviso.
As autoridades também instaram os hospitais a atualizarem seus protocolos de gerenciamento que abrangem todo o processo de alívio da dor durante o trabalho de parto, incluindo avalia??es precoces, diagnóstico e tratamento de potenciais complica??es e avalia??es pós-parto.
"Os hospitais s?o incentivados a incluir avalia??es de analgesia pré-natal em exames pré-natais de rotina", observava o aviso, acrescentando que o treinamento para formar mais profissionais na administra??o de anestesia deve ser intensificado.
Apenas 30% das gestantes na China recebem anestesia para aliviar a dor durante o parto, em compara??o com mais de 70% em alguns países desenvolvidos.
Especialistas atribuíram a baixa taxa a percep??es err?neas de longa data sobre os efeitos colaterais da anestesia em recém-nascidos, à escassez de anestesiologistas e a padr?es de pre?os n?o regulamentados.
A China iniciou um projeto piloto de expans?o da anestesia para parto em 912 hospitais em 30 regi?es provinciais em 2018.
Nesses hospitais, a prevalência do uso de analgésicos aumentou de 27,5% em 2015 para 60,2% em 2022, de acordo com dados oficiais.
Nos últimos anos, um número crescente de regi?es come?ou a cobrir as taxas de anestesia para parto em seus planos de saúde, num esfor?o para aliviar o fardo financeiro das famílias.
A província de Jiangsu, no leste da China, incluiu a anestesia epidural — com pre?o em torno de 2.000 yuans (US$ 279) por sess?o — em seu programa regional de seguro saúde em 1o de julho. Até mar?o, quase 80.000 gestantes haviam se beneficiado da mudan?a de política.