"Shubao", um dos mascotes, é visto durante a cerim?nia de abertura dos Jogos Mundiais de 2025 em Chengdu, província de Sichuan, sudoeste da China, em 7 de agosto de 2025. (Foto: Liu Kun/Xinhua)
Em Chengdu, capital da província de Sichuan, sudoeste da China, e cidade-sede dos 12o Jogos Mundiais, a velejadora canadense Reanna Deveau dan?ou ao lado de um mascote panda gigante, com seus coques presos por presilhas fofas de panda.
Recém-chegada de uma visita à renomada base de pesquisa de pandas da cidade, ela estava radiante de entusiasmo: "Essas criaturas s?o simplesmente adoráveis."
Seu companheiro de equipe, Mark Andrews, capturou o momento emocionante com a camera do seu celular. Os dois atletas est?o entre os 6.679 participantes de 116 países e regi?es dos Jogos deste ano — o maior e mais diverso evento da história.
O evento em Chengdu marca o capítulo mais recente de uma série de espetáculos esportivos de classe mundial sediados por cidades chinesas, após o sucesso anterior dos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing (2022), dos Jogos Asiáticos de Hangzhou (2023) e dos Jogos Universitários Mundiais da FISU em Chengdu (2023).
íCONE EM PRETO E BRANCO
Os ic?nicos pandas gigantes de Chengdu s?o uma atra??o imperdível para atletas internacionais.
"Foi absolutamente um destaque", disse Fritz Heuscher, da Suí?a, com os olhos brilhando ao falar sobre sua visita à Base de Pesquisa de Reprodu??o de Pandas Gigantes de Chengdu.
"Os pandas gigantes s?o um dos melhores cart?es de visita da China", afirmou Li Desheng, especialista-chefe do Centro de Pesquisa e Conserva??o de Pandas Gigantes. "No exterior, as pessoas os conhecem bem e sonham em vir à província de Sichuan para vê-los."
Para muitos competidores, como o português Miguel Ribeiro, o fascínio pelos pandas vai além da simples observa??o em recintos fechados. Ele trocou nada menos que 15 broches de panda num único dia.
"Esta é uma ótima maneira de se conectar", observou Miguel. "Muitos chineses compartilharam comigo suas próprias histórias com pandas enquanto trocávamos os broches."
"Ouvir as histórias sobre a preserva??o dos pandas me mostrou um lado da China que é ainda mais verde e interessante do que nos livros", acrescentou.
HOTPOT VERMELHO, CIDADE VERDE
Chengdu é uma cidade de contrastes, onde o calor intenso do hotpot encontra o abra?o tranquilo da natureza. O famoso ?nibus Hotpot da cidade oferece um retrato vívido de seu espírito energético.
Atletas, ansiosos para saborear um dos pratos mais amados do país, reúnem-se no ?nibus vermelho para saborear o hotpot. Os níveis de tempero variam de intenso, suave a n?o picante, atendendo o gosto individual dos “passageiros”.
"O hotpot é fundamental para o intercambio cultural", explicou Lai Xin, chefe de experiências culturais da cidade para os Jogos Mundiais de Chengdu.
O canoísta polonês Mateusz Kaminski, que nunca havia experimentado hotpot antes, descobriu a profundidade do prato. "Eu pensava que era tudo uma quest?o de tempero, mas, assim como Chengdu, possui camadas de sabor."
Em meio às paix?es culinárias ardentes da cidade, encontra-se um equilíbrio tranquilo, refletido nos amplos espa?os verdes de Chengdu. Lar de mais de 1.500 parques, a cidade ostenta 40,5% de cobertura florestal e 44,7% de vegeta??o urbana.
Abra?ando esse ambiente exuberante, os organizadores dos Jogos escolheram sediar 15 locais ao ar livre dentro de parques, áreas de águas abertas e espa?os naturais reaproveitados, como prados e margens de lagos.
Depois de passar um tempo na cidade, Andrews refletiu sobre a conex?o entre a vegeta??o de Chengdu e a cordialidade de seu povo.
"Acho que quanto mais verde você tem ao seu redor, mais feliz você se sente. Talvez seja por isso que as pessoas aqui em Chengdu est?o sempre sorridentes e dispostas a ajudar", avaliou ele.
CORA??ES DE OURO
A hospitalidade dos moradores de Chengdu já era evidente para Andrews logo após sua chegada, enquanto passeava pela histórica área cultural e comercial do centro da cidade. Um policial chinês o recebeu com um sorriso.
"Bem-vindo a Chengdu e boa sorte nos Jogos Mundiais", disse o policial — o inglês fluente acrescentava charme à intera??o.
Para Heuscher, o espírito acolhedor da cidade parecia se estender a todos que encontrava. Ele usava com orgulho um crachá com seu nome chinês, Fu Qiang, presente de um funcionário da Vila Esportiva Mundial.
"Parece 'Fritz', meu primeiro nome", disse ele.
Esse toque pessoal faz parte dos servi?os oferecidos na Vila, que proporcionam aos atletas oportunidades de aprender a cultura chinesa através de atividades interativas.
"Até agora, cerca de 900 atletas receberam seus nomes chineses", disse An Xiaoning, chefe do programa.
"Eles realmente têm cora??es de ouro", disse Heuscher.