O Secretário Executivo da ONU para Mudan?as Climáticas, Simon Stiell, afirmou no último sábado que o mundo espera resultados da 30a Conferência das Partes da Conven??o-Quadro das Na??es Unidas sobre Mudan?a do Clima (COP30) e que o financiamento climático é crucial para alcan?á-los.
Na Terceira Reuni?o Ministerial de Alto Nível, à margem da COP30, Stiell fez um apelo urgente por a??o, enfatizando que o financiamento climático é "a for?a vital da mudan?a climática" e que o mundo está "buscando provas de que a coopera??o climática funciona".
Ele ressaltou que o financiamento n?o é uma mera formalidade, mas um mecanismo essencial para "construir confian?a", proporcionando clareza e previsibilidade em rela??o aos recursos disponíveis para os planos nacionais de clima e adapta??o nos países em desenvolvimento.
Essa confian?a, afirmou ele, é essencial, porque sem ela, "a implementa??o fica mais lenta, a ambi??o diminui e o progresso para todos se torna muito, muito mais difícil".
O Secretário reconheceu o progresso alcan?ado desde o Acordo de Paris, com o aumento dos fluxos de financiamento público e privado e a forma??o de novas parcerias.
N?o obstante, alertou que "a verdade é que n?o avan?amos o suficiente nesse caminho; o financiamento climático ainda n?o é suficiente, n?o é suficientemente confiável e n?o é compartilhado de forma ampla ou equitativa".
Stiell destacou que a lacuna de financiamento para adapta??o continua "muito grande", enquanto o elevado endividamento e a dificuldade de acesso a recursos complicam a situa??o para os países mais vulneráveis.
Enfatizou que "em última análise, esses n?o s?o números abstratos; s?o vitais", pois determinam a capacidade das na??es mais vulneráveis de proteger suas zonas costeiras e adaptar sua agricultura.
O Secretário apelou às Partes para atingirem a meta de dobrar o financiamento coletivo para adapta??o em rela??o aos níveis de 2019 até este ano. Além disso, sugeriu que uma forma eficaz de avan?ar é triplicar os desembolsos do fundo climático até 2030 e destacou a importancia de fundos como o Fundo de Adapta??o, o Fundo para os Países Menos Desenvolvidos e o Fundo Especial para o Clima para ampliar o financiamento para pequenos Estados insulares em desenvolvimento e países menos desenvolvidos.
Por fim, o Secretário pediu que os participantes garantam que os resultados da próxima fase de trabalho, conforme o Artigo 9.5, sejam os mais claros e acionáveis possível, para que proporcionem uma vis?o real do futuro para os países em desenvolvimento.
Stiell concluiu que "financiamento real, fluindo de forma rápida e justa, é fundamental para este teste", apelando para uma demonstra??o, por meio da previsibilidade e da transparência, de que a comunidade global está empenhada em cumprir seus compromissos.