
A ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudan?as do Clima, Marina Silva, pediu na ter?a-feira, durante o nono dia da 30a Conferência das Partes da Conven??o-Quadro das Na??es Unidas sobre Mudan?as Climáticas (COP30), uma transi??o justa e instou os participantes a aprovarem indicadores globais de adapta??o na COP30.
Em seu discurso durante o segmento de alto nível, ela afirmou que o encontro em Belém "imp?e uma responsabilidade maior", enfatizando que "as decis?es tomadas aqui devem ser proporcionais à urgência climática e à grandeza do território que nos acolhe".
Marina Silva alertou que a emergência climática "já está transformando vidas, economias e ecossistemas" e argumentou que a adapta??o deve estar no centro da resposta global.
Ela destacou que a prote??o das popula??es mais vulneráveis exige "instrumentos concretos para mensurar o progresso, orientar políticas e reduzir vulnerabilidades". Portanto, afirmou que é "essencial que a COP30 termine com os indicadores globais de adapta??o finalmente aprovados".
A ministra também defendeu "a??o rápida, ambi??o refor?ada e implementa??o acelerada de nossas NDCs (Contribui??es Nacionalmente Determinadas)".
Marina Silva reiterou o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, enfatizando que "os países desenvolvidos, com maior responsabilidade histórica e mais recursos, devem agir mais e mais rapidamente".
Ao mesmo tempo, observou que os países em desenvolvimento também devem se comprometer, "com acesso efetivo aos meios de implementa??o", garantindo a coerência com seus objetivos de desenvolvimento sustentável.
A ministra definiu esse equilíbrio como o cerne de uma transi??o justa: "proteger as pessoas, fortalecer a resiliência e orientar as decis?es com base na ciência - tanto na ciência moderna quanto no conhecimento dos povos indígenas".
Citando o discurso de abertura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra enfatizou: "Precisamos de roteiros para reverter de forma justa e sistemática o desmatamento e superar progressivamente nossa dependência de combustíveis fósseis, mobilizando os recursos necessários".
Marina também defendeu um diálogo estruturado entre os países produtores e consumidores de combustíveis fósseis para elaborar estratégias de longo prazo que garantam emprego, seguran?a energética e financiamento para a transi??o.
Paralelamente à descarboniza??o, ela defendeu o progresso nos "Roteiros para Acabar com o Desmatamento", elaborados por cada país, com "coopera??o, financiamento e pleno respeito aos povos indígenas e comunidades locais".