
As importa??es de veículos de marcas chinesas para o Brasil cresceram 53,1% nos primeiros 11 meses do ano em compara??o com o mesmo período de 2024, informou nesta segunda-feira a Associa??o Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Com 161.952 unidades exportadas entre janeiro e novembro, a China registrou o maior aumento entre todos os fornecedores para o maior mercado automotivo da América Latina.
Por outro lado, o Brasil aumentou suas exporta??es para a Argentina no mesmo período: o volume cresceu 100,9%, para 295.258 unidades, impulsionado pelo acordo bilateral existente entre os dois países. Apesar do dinamismo do comércio exterior, a produ??o nacional diminuiu em 2025. Entre janeiro e novembro, a produ??o de veículos caiu 8,2% em compara??o com o mesmo período de 2024.
Em contrapartida, o mercado interno apresentou sinais ocasionais de recupera??o: novembro registrou o melhor desempenho de vendas do ano, com uma média diária de 12.600 unidades, embora ainda abaixo do nível de 2024. Durante a apresenta??o dos resultados, o presidente da Anfavea, Igor Calvet, admitiu que a organiza??o já n?o espera atingir a sua meta anual.
"A nossa proje??o na Anfavea para este ano era um aumento de 7,8% na produ??o (...) A nossa proje??o provavelmente n?o se concretizará, dados os resultados acumulados até novembro", afirmou. Calvet atribuiu parte da desacelera??o ao aumento das taxas de juros entre 2024 e 2025, uma política do Banco Central destinada a conter a infla??o, mas que encarece o crédito e a compra de bens duráveis, como automóveis.
"Em novembro de 2024, tínhamos uma taxa de juros de referência de 11,3%, enquanto hoje é de 15%. Em novembro de 2024, a taxa para pessoas físicas era de 26,4%, e agora é de 27,4%. Isso já está se refletindo na produ??o", comentou Calvet.