BAGDá, 20 de julho (Diário do Povo Online) - As for?as Voluntárias Iraquianas libertaram um cidad?o de nacionalidade chinesa depois de averiguarem a inexistência de qualquer vínculo com o Estado Islamico (IS, na sigla inglesa), devendo o mesmo ser repatriado no final do mês do Ramad?, de acordo com um oficial da embaixada chinesa naquele país do Oriente Médio.
“Acompanhamos as investiga??es levadas a cabo pela polícia local, tendo concluído que o cidad?o chinês capturado n?o é um terrorista, tal como se presumia, pelo que as autoridades garantem a sua seguran?a”, revelou o oficial.
As declara??es foram feitas em reposta da reportagem efetuada pela agência de notícias iraquiana, “Fars News Agency”, na passada quinta-feira (15), dando conta da captura de um homem chinês, Hashad al-Shabi, na altura em que decorriam confrontos entre o exército iraquiano e as for?as do Estado Islamico na Província de Al-Anbar no Iraque.
Na mesma reportagem aparece a fotografia de um homem com características asiáticas, sentado em uma cadeira e vigiado por indivíduos armados, o qual, de acordo com o funcionário oficial da embaixada chinesa, “se encontrava numa delegacia da polícia em Samarra”, cidade localizada na província de Salahuddin. “Ele pode ser liberado depois do Ramad?, pois todos os departamentos do governo estavam de férias”, acrescentou o oficial.
De acordo com o site “thepaper.cn”, o homem, identificado pelo pseudónimo Liu Wei, é um estudante de arqueologia da Universidade de Pequim que se encontrava no Iraque em viagem de investiga??o arqueológica.
“Liu foi visitar os locais históricos no Iraque porque alguns deles est?o a desaparecer, tendo ele aprendido algumas palavras simples em árabe, assim como costumes relacionados com o Ramad? antes de entrar no Iraque”, informou um amigo de Liu sábado passado (18) ao site “thepaper.cn”.
Segundo a reportagem do site, Liu publicou o seu plano de viagem em maio último no site de rede social “renren.com” em que expressava o seu desejo em visitar as regi?es do sul de Bagdá e as zonas curdas, consideradas entre as mais seguras no Iraque.
Na mesma publica??o, o jovem revelou ainda a sua preocupa??o pela eminência de perder a “grande oportunidade” de se deslocar ao Iraque, em fun??o dos fortes ataques que as for?as do Estado islamico levavam a cabo em vésperas da viagem.
Uma fonte anónima que trabalhou no Iraque por um longo tempo, é de opini?o que tal argumento pode ser verídico, “na medida em que algumas pessoas do departamento de arqueologia da Universidade de Pequim solicitaram vistos em agências do governo”.