PEQUIM, 16 de setembro (Diário do Povo Online) – Como os mercados globais de a??es, de cambio e de commodities est?o atualmente com forte volatilidade nos pre?os, algumas opini?es públicas internacionais consideram a possibilidade de haver novamente uma crise financeira semelhante a de 2008. Desta vez a fonte da crise seria a China. O reitor da Universidade do Povo (Renmin Daxue em chinês), Chen Yulu, refutou este ponto de vista numa entrevista que concedeu aos repórteres do Diário do Povo. Ele acredita que a China n?o apenas possui uma fonte de dinamismo confiável para a economia global, como tem mantido a importa??o em grande escala e um crescimento saudável da sua economia, mas também tem proporcionado uma garantia forte para a estabilidade do mercado financeiro com a taxas de cambio estáveis e o swap de moedas.
Chen Yulu acredita que em termos de balan?a comercial, a China n?o só tem a maior indústria manufatureira do mundo, mas também o maior mercado consumidor do mundo. Portanto, os volumes de importa??o e exporta??o continuam elevados. A percentagem do superávit na conta corrente em rela??o ao PIB da China caiu de um pico de quase 10% para cerca de 2%. Esta queda n?o só está dentro do nível internacionalmente razoável de 4%, mas também significa que a China fez uma contribui??o de 40% para o reequilíbrio do comércio mundial.
No aspeto de investimentos estrangeiros, no contexto da redu??o da recupera??o e liquidez do capital global, e a drástica queda do rendimento esperado do investimento, um novo auge de investimento no exterior apareceu da China, o que tem dado uma enorme contribui??o para a estabilidade do ambiente de investimento internacional e o impulso da demanda efetiva dos países que receberam os investimentos. De acordo com as estatísticas da UNCTAD, a classifica??o do investimento externo direto total da China no ranking mundial subiu de 18o lugar em 2007, para o 3o lugar em 2014.
No que diz respeito ao ajuste estrutural, e aproveitando o reequilíbrio comercial, a valoriza??o da taxa de cambio e o ajuste dos pre?os relativos, a China injetou um enorme dinamismo para a reestrutura??o industrial do mundo. E ao mesmo tempo, o ajuste da estrutura industrial da China será também uma fonte para a futura reestrutura??o contínua da estrutura industrial ao redor do planeta.
Na contribui??o acumulada dos países à taxa de crescimento da economia mundial desde o início da crise em 2008, a China n?o é apenas uma fonte-chave do crescimento econ?mico mundial, mas também tem uma contribui??o muito maior que a dos Estados Unidos, o segundo classificado. De 2008 até 2014, a taxa total de contribui??o da China para o crescimento econ?mico mundial foi de 42,68%, ou seja, 31,21% superior à contribui??o acumulada de 30,78% no mesmo período pelos Estados Unidos, e superior a contribui??o de outros países do G20 para o mesmo período. No primeiro semestre deste ano, a economia da China cresceu 7%, e a contribui??o do país asiático para o crescimento econ?mico mundial foi de cerca de 30%. A equipe de previs?es macroecon?micas da Universidade do Povo da China acredita que nos próximos anos, a contribui??o do país para o crescimento econ?mico mundial vai se manter em primeiro lugar no longo prazo.
Chen Yulu considera que deve-se partir da perspetiva de um novo desenvolvimento econ?mico mundial para se entender a nova realidade da economia chinesa. Ele acredita que com uma economia estreitamente ligada ao mercado internacional e sob a situa??o econ?mica global fraca, a China n?o será poupada. Ao mesmo tempo, as profundas contradi??es internas acumuladas ao longo do tempo emergir?o de forma gradativa. Nesta fase de convers?o entre o antigo e atual dinamismo da economia chinesa, o país entrou numa nova fase de normalidade, ou seja, do crescimento extensivo para o crescimento intensivo da indústria manufatureira, da convers?o do modelo de excessiva dependência do investimento para um novo modelo de impulso pautado na coordena??o do consumo e do investimento. Logo, o crescimento econ?mico é inevitavelmente flutuante. Ao mesmo tempo, a reforma estrutural da China está liberando sucessivamente os b?nus criados. No futuro, a economia chinesa continuará a ter suas bases de manuten??o de desenvolvimento em patamares médios e elevados.