PEQUIM, 18 de setembro (Diário do Povo Online) - "O mundo está mudando, os EUA est?o mudando, a China está mudando, e claro, as rela??es sino-americanas também est?o mudando. O segredo está em como se adaptar ao novo modelo de rela??es e tomar novas medidas, políticas e estratégias para lidar com as essas mudan?as ou moldar as rela??es,” disse Yuan Peng, vice-presidente do Instituto de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China em entrevista exclusiva ao Diário do Povo.
Yuan observou que a proposi??o do conceito de um “novo modelo de rela??es entre grandes países” como a China e os EUA, indica que os líderes chineses perceberam que as rela??es sino-americanas passam por novas mudan?as. Eles também perceberam que essas novas mudan?as devem ser conduzidas de forma correta, caso contrário corre-se o risco haver retrocessos ou desequilíbrios nas rela??es bilaterais.
Será que as rela??es sino-americanas chegaram a um "ponto crítico?". Será que as rela??es sino-americanas v?o repetir a “armadilha de Tucídides?”. Wang Zheng, diretor e professor associado do Centro de Estudos sobre a paz e conflitos da Escola de Diplomacia e Rela??es Internacionais da Seton Hall University, disse: "Em rela??o ao chamado 'ponto crítico', n?o é que as políticas externas da China e dos EUA estejam passando por mudan?as drásticas. Na verdade, é a avalia??o que os EUA têm da China que chegou a um ponto crítico. A leitura que os EUA faz da China tem sido continuamente aperfei?oada ao longo dos últimos 30 anos. Essa avalia??o está agora chegando a um ponto crítico – estamos nas véspera de altera??es relevantes, especialmente àquelas relacionadas a forma como os Think-thanks americanos vêem a China"
"A proposta de um novo modelo de rela??es entre grandes países reflete a sinceridade de uma coopera??o ganha-ganha sem confronta??es. Os longos e profundos diálogos quase que anuais entre os líderes dos dois países conduzem o curso das coisas. Todos os tipos de diálogos entre os dois países ajudam a estabalecer a confian?a mútua e a esclarecer as dúvidas. A coopera??o n?o-governamental entre os dois países liberou uma energia enorme. N?o há dúvida de que tudo isso sugire que a China tem uma forte determina??o e uma grande vontade de estabilizar as rela??es sino-americanas.", Disse Yuan Peng.
"De fato, o sentido de para onde as rela??es sino-americana apontam depende das intera??es entre os dois países. A resposta para esta pergunta está em aberto.", Disse Fan Jishe, Professor titular e Diretor da Divis?o de Estudos Estratégicos do Instituto de Estudos Americanos da Academia Chinesa de Ciências Sociais. "Se os EUA exagerarem nas suas interpreta??es sobre as políticas externas da China ou reagirem de forma excessiva às rela??es exteriores da China, a possibilidade das rela??es China-EUA ficarem mais negativas n?o pode ser excluída. Por outro lado, as rela??es sino-americanas vai avan?ar para um futuro mais positivo se os EUA e a China promoverem os mecanismos de diálogo e negocia??o existentes, comunica??es entre os alto funcionários dos dois governos e até mesmo reuni?es entre os líderes, de modo a resolver os mal-entendidos e os erros de percep??o entre os dois lados, reconhecendo a estabilidade das bases das rela??es estratégicas sino-americanas e abrindo lugar para que os EUA e a China cooperem sobre quest?es bilaterais, regionais e mundiais."
"Nós todos concordamos que a ordem internacional existente, concebida anteriormente à ascens?o das novas potências emergentes, n?o é perfeita. Ent?o, precisamos ajustar e melhorar constantemente o regime internacional existente para acomodar as realidades em constante desenvolvimento da China, índia e outras economias emergentes.", Disse Douglas H. Paal, vice-presidente da Carnegie Endowment for International Peace, “os líderes dos dois países esperam evitar o conflito. Isto exige disposi??o de ambos os lados para um dar espa?o ao outro, algo que n?o vai ser fácil de fazer."