O volume de trocas bilaterais anual entre a China e os EUA deverá duplicar até 2024, de acordo com o ministro do comércio Gao Hucheng.
Gao, numa coluna publicada no USA Today na segunda-feira, sob o título “O comércio entre a China e os EUA dispara, beneficiando ambos os países”, escreveu que, “em 2024, o volume de trocas bilaterais deverá ultrapassar 1 trili?o”.
De acordo com o ministério do comércio, as trocas bilaterais de bens registaram 555,1 bili?es de dólares no ano passado, ou seja, 227 vezes mais do que o valor inicial aquando do estabelecimento de rela??es diplomáticas. Este valor reflete também a integra??o da economia chinesa na economia mundial.
Com perspetivas de uma duplica??o destes valores durante a próxima década, especialistas acreditam que o comércio sino-americano irá beneficiar ambas as na??es.
“Com a globaliza??o da economia e com o rápido desenvolvimento de integra??o regional, a China e os EUA partilham de vários interesses e necessidades comuns”, afirmou Chen Fengying, uma especialista em economia mundial no Instituto de Rela??es Internacionais Contemporaneas da China.
“A coopera??o comercial e económica n?o só atua como um estabilizador das rela??es bilaterais sino-americanas, mas também afeta positivamente o processo de recupera??o económica global”, disse.
De acordo com Gao, várias empresas chinesas têm registado elevados índices de investimento em solo americano, sendo que numerosos casos se enquadram no espírito de mútuo benefício.
“Durante as últimas quatro décadas, por exemplo, o grupo Wanxiang, cresceu de uma pequena oficina de maquinaria agrícola para se tornar num grande negócio de presen?a global. Desde a sua entrada no mercado americano, a Wanxiang comprou com sucesso 20 empresas e resgatou mais de 10 que se encontravam praticamente na falência”, escreveu.
“No total, a empresa empregou mais de 12,500 pessoas nos EUA. Um em cada 3 carros produzidos nos EUA hoje em dia, usa componentes produzidos pela Wanxiang America Inc”.
“Com a visita do presidente Xi Jinping aos EUA durante esta semana, a história diz-nos que a coopera??o económica sino-americana é de mútuo benefício, e olhamos para o futuro com as melhores perspetivas”, finalizou.