PEQUIM, 10 de outubro (Diário do Povo Online) – O Palácio Museu de Pequim, também conhecido como Cidade Proibida, estabelecido em 10 de outubro de 1925, tornou-se um símbolo da cultura chinesa em todo o mundo.
"No final dos anos 80, os visitantes tinham que pagar um yuan para visitar o museu", disse o ex-diretor Zhang Zhongpei. "N?o era um valor menor naqueles dias, pois os habitantes locais ganhavam uns dez yuans por mês na época. Isso, porém, n?o impediu um grande número de visitas, tendo a situa??o permanecido a mesma quando o pre?o triplicou em 1988", disse.
O Palácio Museu já percorreu um longo caminho nos últimos 90 anos para se tornar um dos lugares "obrigatórios" para quem visita a China. Como lembra Zhang, muitos dos artefatos foram espalhados por vários lugares e alguns edifícios foram ocupados por outras institui??es, que comprometeram seriamente a integridade do palácio.
No século XXI, esta falta de integridade tornou-se um grande problema. Zheng Xinmiao, diretor do museu entre 2002 e 2012, guarda algumas memórias específicas sobre o tema.
"Em 2002, encontrei um pequeno buraco num assento do imperador e perguntei ao pessoal sobre isso", lembra Zheng. "Eles disseram-me que um relógio estava embutido anteriormente no lugar e tinha sido removido para ser enviado para um museu de relógios".
Percebendo a importancia de manter a cole??o conjunta, Zheng come?ou, em 2004, um longo processo de curadoria e organiza??o lógica da exibi??o dos objetos. Depois de seis anos, milhares de objetos foram postos em ordem. "Muitos de nós choramos quando o trabalho terminou", disse Zheng.
Em 2011, uma série de incidentes indesejáveis ocorreram sucessivamente; muitos artefatos foram roubados ou danificados pelos visitantes, o que sublinhou o mau relacionamento e incompreens?o mútua entre o museu e os seus visitantes.
Shan Jixiang, diretor atual do museu, tem sido responsável por várias iniciativas recentes, como a aplica??o móvel do museu. Focado em dar popularidade à marca do Palácio Museu, as inova??es de Shan geraram mais de 700 milh?es de yuans para o museu em 2014.
"N?o é uma tarefa fácil ser diretor do museu", admitiu Shan, que apesar de lutar por modernizar a política de marketing do museu, nunca perdeu de vista a sua tarefa primária. Nomeado em 2012, Shan tem gasto mais de 20 pares de sapatos tradicionais de pano para percorrer os 9.000 quartos da Cidade Proibida com vista a obter uma imagem clara da situa??o geral dos edifícios.
"Tiramos milhares de fotografias de edifícios e outras coisas triviais. Quando encontramos algo errado, mostramos as fotos ao pessoal para que eles estejam mais alerta para a repara??o destas imperfei??es".
Questionado sobre o futuro do museu, a primeira palavra que sai da boca de Shan é “integridade”. "A integridade é a chave para um museu sustentável e fascinante. Espero que seja possível manter a integridade do museu por outros 90 anos".
Para comemorar a efeméride, ser?o abertas mais salas ao público, assim como tesouros que n?o foram vistos anteriormente ser?o exibidos no sábado.
Quatro novas se??es ser?o abertas, incluindo um palácio que abrigou a m?e do imperador Qianlong, tornando 65 por cento do complexo acessível ao público.
![]() | ![]() |