ISLAMABAD, 28 de outubro (Diário do Povo Online) - O terremoto de 7,8 graus que atingiu o nordeste do Afeganist?o nesta última segunda-feira (26) já deixou pelo menos 363 mortos e 1.665 feridos. O sismo destruiu ao menos 4.392 casas no Afeganist?o e no Paquist?o, de acordo com a imprensa local dos dois países. Milhares de habitantes dormiram ao ar livre com medo de novos terremotos.
O chefe de governo do Afeganist?o, Abdullah Abdullah, disse que o terremoto foi o mais forte que o país vivenciou nas últimas décadas e que ele já organizou uma conferência de emergência para avaliar as perdas humanas causadas pelo desastre.
O Primeiro-Ministro paquistanês, Mian Muhammad Nawaz Sharif, criou uma equipe de emergência e pediu aos departamentos competentes que se esforcem ao máximo durante os resgates. Ele convocou uma reuni?o de alto nível ontem (27) para discutir as medidas de resgate. O porta-voz do exército do Paquist?o, Asim Saleem Bajwa, afirmou que os militares já enviaram helicópteros com barracas, cobertores e alimentos às regi?es afetadas no noroeste e norte do país, e que médicos já foram enviados para os locais.
Segundo analistas, os trabalhos de resgate nos dois países enfrentam desafios. O terremoto aconteceu na regi?o montanhosa de Hindu Kush, na fronteira entre Paquist?o e Afeganist?o. Algumas regi?es afetadas pelo desastre s?o remotas, n?o contam com abastecimento de água e eletricidade e as estradas foram varridas pelos deslizamentos de terra causados pelo terremoto. O corte nas comunica??o nestas regi?es também tornam mais difíceis os trabalhos de resgate.
Além disso, as regi?es mais afetadas nos dois países s?o áreas sob influência do Talib? e do Estado Islamico. Os ataques terroristas frequentes e a falta de seguran?a s?o amea?as para as equipes de resgate.
Edi??o: Chen Ying
Revis?o: Rafael Lima
![]() |