Paris, 10 dez (Xinhua) -- A vice-presidenta e enviada especial do Banco Mundial para a mudan?a climática, Rachel Kyte, disse na quarta-feira que a China estabeleceu um "bom exemplo" na integra??o do controle da mudan?a climática e o desenvolvimento econ?mico e social nacional.
Kyte indicou na atual conferencia do clima de Paris que as Contribui??es Previstas e Determinadas Nacionalmente (INDC, em inglês) da China incluem um pacote de metas "duras", como atingir o ponto máximo de emiss?es para 2030 e obter uma propor??o de 20% de combustíveis n?o fósseis na matriz energética primária para o mesmo ano.
"Porém, mais importante, as INDC da China abrangem em detalhe as políticas nacionais e setoriais e definem as maneiras em que os objetivos relacionados com a mudan?a climática podem ser integrados nos planos econ?micos e sociais nacionais", indicou Kyte em um evento organizado no Pavilh?o da China durante as conversa??es climáticas de Paris.
"Elogiamos os esfor?os da China para atingir seus planos de desenvolvimento de baixas emiss?es de carbono, em uma estratégia geral de reestrutura??o e reequilíbrio de sua economia, e para encontrar um novo modelo de desenvolvimento", acrescentou Kyte.
De acordo com a enviada, lidar com a mudan?a climática implica dirigir de maneira efetiva a economia de um país. As INDC devem ser consideradas como motores importantes para a inova??o e o desenvolvimento de baixa emiss?o de carbono, embora a integra??o em particular e uma transi??o para uma economia de baixa emiss?o de carbono em geral s?o muito desafiantes para muitos países em desenvolvimento.
A vice-presidenta do Banco Mundial indicou que, na prática, a administra??o efetiva da economia em rela??o à mudan?a climática implica, entre outras coisas, enviar fortes sinais políticos, esclarecer os objetivos a longo prazo e fixar o pre?o do carbono.
Kyte assinalou que apesar de todos esses desafios e incertezas, a implementa??o das INDC da China oferece oportunidades econ?micas e enormes benefícios ambientais, como numerosas vantagens à saúde, assim como possíveis impactos positivos no emprego e melhoras tecnológicas em muitos setores da economia.
Cerca de 180 países têm feito suas propostas e têm definido suas metas de mitiga??o para o mundo depois do ano 2020.