Depois de uma reuni?o realizada em Munique com o objetivo de quebrar o impasse sobre a quest?o síria, o ministro das Rela??es Exteriores da China, Wang Yi, concedeu uma entrevista à agência Reuters afirmando que Beijing n?o vai participar de nenhuma coaliz?o militar contra terrorismo no Oriente Médio.
“Há uma tradi??o na política diplomática chinesa de n?o participarmos de grupos de países com natureza militar, e isso também se aplica na coopera??o conta o terrorismo”, disse o ministro.
“Isso n?o significa que a China n?o desempenhará o seu papel na luta contra o terrorismo. A China vai fazer isso à sua própria maneira. ”
Em dezembro, a China aprovou uma lei de combate ao terrorismo que permite que suas for?as armadas participem em opera??es ultramarinas contra o terrorismo, embora especialistas tenham dito que o país encara problemas práticos e diplomáticos para tal.
Wang disse que a China tem ajudado o Iraque a melhorar as suas capacidades no combate ao terrorismo e que coopera com alguns países na troca de informa??es entre os servi?os de inteligências e combate ao financiamento e fluxo transfronteiri?o de terroristas.
“A China insiste que o terrorismo deve ser resolvido na sua origem. Em alguns países, problemas como a diferen?a entre ricos e pobres, desenvolvimento atrasado e a falta de educa??o têm de ser solucionados para erradicar a raiz que dá origem ao terrorismo.”
Sobre o acordo firmado na reuni?o, Wang disse ela foi o resultado do equilíbrio de interesses das diversas partes. “As partes envolvidas concordam em eliminar as barreiras para que a ajuda humanitária aos refugiados sírios seja distribuída dentro de uma semana. Além disso, concordaram em cessar as opera??es militares em todo o território da Síria. Se isso for realizado, será algo favorável à retomada das negocia??es entre as partes envolvidas. ”
No entanto, o acordo sobre de cessar-fogo n?o inclui as opera??es militares contra o terrorismo. Wang admitiu que chegar a um acordo mais amplo é difícil, já que a identifica??o dos grupos terroristas ainda n?o foi concluída. “A China acompanha de perto o assunto e a comunidade internacional deve se unir, uma vez que o sofrimento dos sírios n?o pode continuar, ” acrescentou.
Revis?o: Rafael Lima