BEIJING, 22 fev. (Diário do Povo Online) -- Desde que assumiu o cargo no final de 2012, a atual gera??o de líderes chineses prop?s três importantes estratégias para impulsar o crescimento em um momento no qual a economia chinesa entra na "nova normalidade", caracterizada por um crescimento mais brando, e de continuidade da instabilidade mundial.
A rede regional de infraestrutura e comércio “Um Cintur?o e Uma Rota”, o desenvolvimento coordenado de Beijing com as vizinhas Tianjin e Hebei e o “Cintur?o Econ?mico do rio Yangtzé”, servem de impulso para o crescimento econ?mico do país e se constituem como a receita da China para o mundo em um momento de difícil recupera??o econ?mica.
INICIATIVA UM CINTUR?O E UMA ROTA
No dia 16 de janeiro, o Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), um banco multilateral proposto pela China, iniciou suas opera??es em Beijing com o financiamento da constru??o de aeroportos, torres de telefonia móvel, trens e estradas na ásia.
Apresentada pelo presidente Xi Jinping em 2013, a iniciativa “Um Cintur?o e Uma Rota” se refere ao “Cintur?o Econ?mico da Rota da Seda” que liga a China e a Europa através do sudeste asiático e da ásia Central, e a “Rota da Seda Marítima do Século XXI” que conecta a China com os países do sudeste asiático, áfrica e Europa.
Nos dois anos que se passaram desde que a iniciativa foi proposta, e em coopera??o com os países ao longo do “Um Cintur?o e Uma Rota”, a China aportou 40 bilh?es de dólares para o estabelecimento da Rota da Seda, concretizou a cria??o do BAII e empreendeu projetos como o trem transcontinental de Chongqing, no sudoeste da China, ao porto grego de Pireu, bem como do trem de alta velocidade ligando Jacarta a Bandung.
No dia 15 de fevereiro, o primeiro trem de cargas da China chegou a Teer?, um projeto considerado o resultado concreto da visita de Estado do presidente chinês ao Ir? no início deste ano.
Em 2015, as empresas chinesas investiram um volume total de 14,8 bilh?es de dólares em 49 países ao logo do “Um Cintur?o e Uma Rota”, o que representa um aumento anual de 18,2%, segundo dados do Ministério do Comércio da China.
BEIJING-TIANJIN-HEBEI
A regi?o formada pela capital Beijing, a municipalidade de Tianjin e a província de Hebei é considerada chave na promo??o da integra??o econ?mica regional do país.
Em abril de 2015, a lideran?a do país aprovou um projeto relacionado a regi?o.
De 7 a 13 de fevereiro de 2016, durante o Festival da Primavera (o Ano Novo chinês), mais de 4,41 milh?es de turistas visitaram Tianjin. Destes, um em cada três eram de Pequim ou Hebei.
Tianjin se tornou em um centro ferroviário estratégico uma vez que várias linhas ferroviárias atravessam a cidade ligando a regi?o com outras partes da China e facilitando o transporte na regi?o.
Em breve, trens ligando Beijing, Tianjin, Shijiazhuang e Tangshan dever?o entrar em opera??o.
Em novembro do ano passado, as autoridades de Beijing, Tianjin e Hebei chegaram a um acordo para coordenar esfor?os no combate a prote??o ambiental.
CINTUR?O ECON?MICO DO RIO YANGTZé
O Yangtzé, o terceiro maior rio do mundo, atravessa nove províncias e duas municipalidades da China, abrangendo uma área de pouco mais de 2 milh?es de quil?metros quadrados.
O Cintur?o Econ?mico do Rio Yangtzé, que representa mais de 40% do total nacional em termos de popula??o e produto interno bruto (PIB), é considerado o novo motor de crescimento do país. Ele deverá ajudar na redu??o do fosso que separa o desenvolvimento entre as regi?es leste, central e oeste do país.
Em setembro de 2014, a China anunciou medidas para o desenvolvimento desse cintur?o. No dia 26 de janeiro, durante uma reuni?o do Grupo Dirigente Central sobre Assuntos Financeiros e Econ?micos, Xi voltou a enfatizar as preocupa??es ambientais relacionadas ao projeto.
Vinte e sete cidades ao longo do rio estabeleceram uma plataforma regional conjunta para o comércio dos recursos naturais e um sistema de compensa??o ecológica no baixo, médio e alto curso do Yangtzé.
As províncias e municipalidades também desenvolveram medidas para promover a coopera??o na facilita??o aduaneira, desenvolvimento urbano e turismo.
Edi??o: Rafael Lima