Beijing, 1o mar (Xinhua) -- A China pediu na segunda-feira aos Estados Unidos que n?o se posicionem como "juiz internacional" na quest?o do Mar do Sul da China.
Hong Lei, porta-voz do Ministério das Rela??es Exteriores chinês, fez as observa??es em uma coletiva de imprensa diária depois que Daniel Kritenbrink, alto diretor da Casa Branca para assuntos asiáticos, disse que a decis?o judicial de Haia sobre uma reclama??o apresentada pelas Filipinas "será obrigatória para ambas as partes".
As Filipinas apresentaram o caso de arbitragem em 2013, que está ainda em andamento. A China se recusou ser envolvida nos procedimentos, argumentando que as disputas devem ser solucionadas pelos países diretamente envolvidos por consulta e negocia??o.
A n?o aceita??o e n?o participa??o da China na arbitragem sobre o Mar do Sul da China tem total base legal e os Estados Unidos devem respeitar os direitos desfrutados pelos membros da Conven??o das Na??es Unidas sobre o Direito do Mar (UNCLOS, em inglês), um grupo a que n?o pertencem, disse Hong.
A China declarou em 2006 que a arbitragem e outros procedimentos de solu??o de disputas compulsórios n?o se aplicam aos assuntos como demarca??o marítima, o que é estipulado no artigo 298 da UNCLOS.
A disputa no Mar do Sul da China entre o país e as Filipinas está na demarca??o territorial e marítima.
Os dois países já concordaram, há muito tempo, que as quest?es relativas ao Mar do Sul da China ser?o lidadas por negocia??o e consulta, explicou Hong.
Ele também respondeu ao pedido de Kritenbrink, de "expandir a garantia de n?o militariza??o da China para cobrir o Mar do Sul da China inteiro", ao dizer que a cria??o de instala??es pela China em seu próprio território n?o tem nada a ver com a militariza??o.
"Eu gostaria de lembrar que os Estados Unidos devem respeitar os direitos das partes signatárias da UNCLOS, mesmo que estejam pouco dispostos a entrar para a Conven??o", disse Hong.