Por Wang Yiwei
Recentemente, o presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), Jin Liqun, juntamente com o seu homólogo do Banco Asiático de Desenvolvimento(BAD), Nakao Takehiko, assinaram na Alemanha um memorando de entendimento para o refor?o da coopera??o entre ambas as institui??es.
Através da coopera??o no financiamento, conhecimento e do diálogo, ambas as partes tencionam realizar projetos conjuntos nas áreas da energia, transportes, comunica??es, desenvolvimento agrícola, recursos hídricos, desenvolvimento urbano, prote??o ambiental, entre outros.
De acordo com as estimativas, entre 2010 e 2020, o total de investimento necessário em infraestruturas nos países em desenvolvimento na ásia ascende aos 8 trili?es de dólares. A média anual de necessidades de investimento é de cerca de 700 bili?es de dólares. Porém o montante de investimento dos bancos de desenvolvimento multilateral a operar atualmente na ásia situa-se apenas entre os 100 e os 200 bili?es de dólares. Mediante esta situa??o, o BAII passou a impulsionar mais fundos para apoiar o desenvolvimento infraestrutural, e promover o incremento das economias asiáticas. Ao mesmo tempo, passou a impulsionar as rela??es e o intercambio com a China.
Simultaneamente, o BAII serve também o propósito da coopera??o sul-sul e sul-norte. Os membros do Banco estendem-se através da ásia, Austrália, Europa, áfrica e América do Sul, incluindo países desenvolvidos como o Reino Unido, Alemanha, Fran?a, entre outros. O BAII foca-se essencialmente nos seus membros em desenvolvimento, oferecendo também vantagens de intera??o económica aos países desenvolvidos. Esta dinamica permite aprofundar a entreajuda e os fluxos económicos entre ambos os hemisférios, contribuindo para dar lugar a um desenvolvimento mundial mais equitativo.
A alian?a entre o BAII e o BAD segue a filosofia do benefício mútuo advogada pela China e vem provar que a existência desta institui??o funciona como um complemento à ordem económica, e n?o como um substituto.
A iniciativa “Um Cintur?o e uma Rota”, também integrada no espírito de retorno mútuo anteriormente referido, irá focar-se na constru??o de canais de comunica??o entre os países abrangidos. Os países em desenvolvimento ao longo da extens?o deste programa dever?o ter acesso a bens públicos básicos, intensificar as suas rotas comerciais e de investimento e, assim, consolidar o ímpeto de desenvolvimento regional comum.
O desenvolvimento da China n?o pode ser desvinculado do resto do mundo, o desenvolvimento do mundo necessita da China. Sob o lema de um desenvolvimento pacífico à coopera??o de benefício mútuo, do BAII à iniciativa “Um Cintur?o e uma Rota”, todos eles abarcam os valores chineses e a sabedoria chinesa, assim como se afastam de conceitos como o colonialismo, imperialismo e hegemonia. Estes programas têm como meta o desenvolvimento equilibrado da humanidade, a inclusividade e a sustentabilidade.
O autor é um investigador afiliado ao Centro de Investiga??o Alem?o da Universidade Tongji, ao Instituto de Finan?as Chongyang e à Universidade Renmin.
Edi??o: Mauro Marques